Conheça o banco espanhol no qual o BES estará interessado

Publicado a
Atualizado a

O BES está entre as quatro instituições financeiras que apresentaram ofertas não vinculativas para a compra do

Banco Gallego. Além do banco liderado por Ricardo Salgado, estão ainda na corrida o Sabadell, o BNP e o Banesco.

A notícia foi ontem avançada pelo site espanhol 'Faro de Vigo' que revelava que o prazo final para a venda do banco termina no próximo dia 5 de abril.

No entanto, o presidente do BES, Ricardo Salgado, já tinha confirmado na apresentação dos resultados de 2012 que decorreu no mês passado que estava a

analisar oportunidades de crescimento na região espanhola da Galiza. "O Banco Gallego é uma hipótese e é a que vai acontecer mais

proximamente. É, neste momento, a melhor hipótese" afirmou Ricardo Salgado.

Mas o que é e que indicadores financeiro tem o Banco Gallego?

Criado em 1847 com o nome de Banco Olimpio Pérez, só em 1987 e após diversas fusões viria a assumir a marca de Banco Gallego, com uma rede de 150 balcões localizadas na Galiza.

Esta instituição é atualmente detida pelo fundo espanhol de reestruturação bancária (FROB), que ficou com o controlo da entidade através dos 49,85% que detém na Novacaixagalicia, que por seu turno é controlada a 100% pelo Fundo.

A intenção dos responsáveis espanhóis é vender no curto prazo o banco que detém uma rede de 183

sucursais por toda a Espanha, maioritariamente na Galiza (117) e na região de Madrid (29), com o objetivo de libertar capital

De acordo com informações relativas ao final de 2011, o Banco Gallego registou prejuízos de 24,5 milhões de euros nesse ano, contra os lucros de 9,45 milhões arrecadados no ano anterior. Já a margem financeira (diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos) também tinha recuado, dos 95,2 milhões em 2010 para os quase 87 milhões.

Em 2011, o Banco Gallego tinha um ativo total de cerca de 4,8 mil milhões de euros, uma carteira de crédito no montante de 3,4 mil milhões de euros, e ainda 3,2 mil milhões de euros em depósitos.

A somar a isto, a exposição ao sector imobiliário gerou perdas de 275 milhões e, no início de fevereiro, o FROB comunicou que uma avaliação económica, feita com base em análises solicitadas a três

especialistas independentes, revelou um 'buraco' de 150

milhões de euros.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt