Os tapumes que circundavam a Praça Martim Moniz, em Lisboa, estão a ser retirados esta terça-feira, um ano depois de terem sido colocados..Depois de no final de julho ter sido abandonada a ideia em transformar a praça num espaço com estabelecimentos comerciais instalados em contentores, após a autarquia ter sofrido pressões por parte da oposição, de associações e de moradores, os tapumes permaneceram no local durante mais dois meses e meio..Na semana passada, o vereador do Bloco de Esquerda, Manuel Grilo, fez um requerimento ao município onde questionava a razão de os tapumes não terem sido retirados no prazo estabelecido, até ao final de setembro. Além desse pedido o Bloco entregou na assembleia municipal uma recomendação intitulada "Pela retirada imediata dos tapumes da Praça do Martim Moniz".."A 14 de setembro foi noticiado o estado da praça do Martim Moniz, vedado há 11 meses para uma obra contestada e posteriormente abandonada. Na mesma notícia, fonte do Presidente da CML dizia que os tapumes da obra, que impedem a fruição da praça e asseguram um "esconderijo" para atividades alegadamente ilícitas, seriam retirados "ainda durante o mês de setembro"", lembrava o vereador do BE no requerimento..O projeto de instalar na placa central do Martim Moniz um espaço comercial com as lojas em contentores foi contestado desde a sua apresentação em novembro do ano passado. Mesmo depois de a empresa concessionária ter apresentado alterações a essa iniciativa continuaram a existir críticas ao mesmo..Por exemplo, no início de fevereiro deste ano algumas dezenas de pessoas integraram um cordão humano na praça em defesa da construção de um jardim - o que deu origem ao Movimento Jardim Martim Moniz - de forma a transformar aquela área "numa zona verde de referência" na cidade..A ideia passava por colocar cerca de 50 espaços comerciais, como florista, talho, cabeleireiro, padaria, restaurantes de comida do mundo, uma chapelaria, uma loja de disco e uma galeria do coletivo Underdogs.