Certificados energéticos: Mediadoras reclamam mais tempo, mas Adene garante que foi suficiente

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As mediadoras concordam com as vantagens de todas as casas e outros imóveis terem certificados energéticos porque trará mais transparência e qualidade ao mercado, mas reclamam mais tempo para implementar a nova lei que obriga a ter o documento no momento da venda e/ou do arrendamento e não apenas aquando da escritura.

"Não sou contra a lei, mas ela foi aprovada em Agosto e entrou em vigor em Dezembro e três meses é pouco. Em França, por exemplo, foi um ano", disse ao Dinheiro Vivo, o presidente da APEMIP, Luís Lima.

Além disso, repara o diretor-geral da Era, Miguel Poisson que diz: "Existe um grande défice de informação e sensibilização sobre este tema porque o prazo para adaptação à nova lei foi muito curto. Nós montámos um contact center e informámos os nossos 150 mil clientes, mas só quando a lei foi aprovada, em Agosto, é que pudemos avançar". Aliás, "nem sequer existia capacidade instalada para certificar 400 mil imóveis em três meses".

No entanto, para o diretor-geral da Adene, Filipe Vasconcelos, não há razões para estas queixas. De acordo com o dirigente, desde Setembro de 2012 "que é conhecida a obrigação de mencionar a classe energética dos edifícios na publicidade ao seu arrendamento ou venda. As queixas que mencionam não têm nenhum fundamento".

Mais, Filipe Vasconcelos garante que não há nem houve "qualquer dificuldade de resposta, quer ao nível dos peritos qualificados, quer de capacidade do portal onde são emitidos os certificados. O mercado tem liquidez de recursos humanos para responder ao solicitado. Existem cerca de 1500 peritos em todo o território".

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