CaixaBI não espera "qualquer impacto significativo" nos rácios do BCP com venda do ActivoBank

O BCP anunciou ontem que está a avaliar vários cenários estratégicos que promovam a valorização do ActivoBank para uma possível venda do banco online. Por enquanto, o banco revela que o processo de avaliação está ainda na fase inicial.
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Numa nota de análise hoje emitida, a que o Dinheiro Vivo teve acesso, o Caixa BI começa por relembrar que o "ActivoBank apresentou um resultado líquido positivo de 5.3 milhões de euros referente ao exercício de 2014 (face a um prejuízo de 2.9 milhões em 2013), naquele que foi o primeiro exercício positivo desde 2008".

"O ActivoBank encerrou o exercício de 2014 com 73 mil clientes (+30% face aos cerca de 56 mil no final de 2013), tendo a expectativa de atingir os 100 mil clientes até ao final de março de 2016. Em 31 de dezembro de 2014, os recursos em balanço ascendiam a 518 milhões de euros (+25% em termos homólogos), sendo que a carteira de crédito era de 17 milhões (+7%). Por outro lado, e no final de setembro de 2014, o total de capital do banco ascendia a 36 milhões", salienta.

O Caixa BI "não esperamos qualquer impacto significativo relacionado com a venda do ActivoBank em matéria de rácios de capital do BCP". "Assumindo uma potencial venda com um múltiplo de 1.0x P/B, o impacto situar-se-ia em torno de 5bps (por via da redução de ativos ponderados pelo risco)", acrescenta.

Recorde-se que a alienação do ActivoBank não faz parte do acordo assinado entre o BCP, a Direcção Geral da Concorrência da Comissão Europeia e as autoridades portuguesas relativamente ao plano de reestruturação do banco. As exigências de Bruxelas previam apenas a venda da operação na Roménia e da Millennium Gestão de Activos.

A possível venda do ActivoBank surge depois do banco online ter regressado aos lucros em 2014 pela primeira vez desde 2008. Os 5 milhões de euros positivos comparam com o prejuízo de 2,9 milhões de euros em 2013 e de 9,7 milhões de euros em 2012. Contudo, o lucro do ano passado incorpora, no entanto, uma mais-valia não recorrente de 4,7 milhões de euros obtida através da troca financeira de dívida pública, mais propriamente Obrigações do Tesouro.

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