BrightStart. Como a Deloitte acelera competências digitais dos jovens
A Deloitte Portugal já formou 250 jovens com o programa de competências digitais BrightStart, ativo há cinco anos e disponível em seis institutos politécnicos nacionais. A iniciativa vai continuar em curso nos próximos e, em jeito de balanço, Paulo Pessanha de Almeida, partner da Deloitte, explica que a consultora vê "neste programa uma oportunidade para contribuir para a capacitação de competências digitais nos jovens talentos".
O BrightStart é um programa de aceleração de competências que procura "capacitar jovens quadros altamente especializados em todo o país", começa por afirmar Paulo Pessanha de Almeida ao Dinheiro Vivo. Por um lado, permite aos participantes do programa "conciliar a experiência académica com uma experiência profissional, através da resolução de casos reais e do contacto direto com profissionais do setor". Por outro, permite à Deloitte "contribuir para a capacitação de competências digitais nos jovens talentos".
Como funciona este programa? O BrightStart é dirigido a jovens finalistas do ensino secundário e profissional que pretendam ingressar no ensino superior na área das tecnologias informáticas, em concreto para um curso técnico superior profissional (CTeSP). Este programa tem a duração de cinco anos.
"Ao participarem neste programa terão acesso a uma experiência profissional real, colaborando com equipas especialistas da Deloitte para responder a projetos e desafios reais do mercado de trabalho. O programa está alinhado com o calendário académico e o plano de formação inclui unidades curriculares como programação, tecnologias de mercado, tecnologias emergentes, metodologias ágeis de desenvolvimento de software, entre outros", explica o partner da consultora.
Adianta Paulo Pessanha de Almeida que os alunos que integrarem o programa vão beneficiar de um "acompanhamento permanente por parte dos profissionais da Deloitte", criando condições para que os jovens estudantes adquiram "experiência profissional através da integração em projetos reais". "O contacto com casos reais transforma a sua experiência de estudantes numa entrada faseada no mercado de trabalho e num início de carreira profissional muito positivo", refere.
O programa BritghStart tem a duração de cinco anos e prevê "atribuição de uma bolsa de estudo de longa duração, durante todos os anos do curso superior, sendo os custos académicos suportados pela Deloitte, incluindo as propinas mensais e taxas de inscrição no curso".
"No final do programa, os alunos são convidados a integrar o quadro de profissionais da Deloitte, e essa consideramos ser a melhor ajuda para darem continuidade ao trabalho desenvolvido durante os cinco anos do programa. No caso de serem admitidos, terão já um conhecimento alargado das funções e do método de trabalho da firma", revela o gestor da consultora.
Desta forma, o programa não só é uma forma de acelerar competências como também uma forma de captar talento. "Como tal, o programa exige um grande nível de compromisso e resiliência, elementos que os alunos devem ter em consideração aquando da sua candidatura porque, ao contrário de programas académicos, vão desde cedo necessitar de gerir de forma eficaz o seu tempo, para conciliar da melhor maneira os elementos prático e teórico", explica Paulo Pessanha de Almeida.
Na edição de 2022 "mais de 250 alunos integram o BrightStart". O gestor da consultora diz que "em cada edição o número de alunos que integram o programa é muito variável, uma vez que a participação no programa está sujeita a um processo de seleção qualitativo gerido pelas entidades gestoras do programa".
Lançado em Portugal em 2017, o programa BrightStart nasceu de uma parceria entre a Deloitte e a Universidade de Ulster, Belfast, na Irlanda do Norte. Atualmente, o programa está disponível em seis institutos politécnicos, nomeadamente nos de Setúbal, Leiria, Viseu, Faro, Coimbra e Braga.
Para a Deloitte Portugal, de acordo com o partner da consultora, este projeto permite a empresa "chegar a praticamente todo o território nacional", integrando na cultura empresarial da Deloitte "uma perspetiva ainda mais rica sobre os problemas e sobretudo no efeito que isto tem em encontrar novas soluções e novas ideias", junto de novos talentos.
Acresce que o BrightStart ajuda a empresa a concretizar a estratégia de responsabilidade social definida, além de preparar jovens talentos para "esforçarem a sua empregabilidade, desenvolvendo competências críticas e essenciais, uma vez que vão, desde muito cedo e ao longo da sua formação, trabalhar em ambiente real, combinando o percurso académico com a integração de projetos profissionais práticos". E - ainda mais relevante - "preparar eventuais futuros profissionais da Deloitte, que ao fim dos 5 anos poderão integrar os processos de recrutamento da firma".