Bolsa de Lisboa em baixa com BPI e BCP a liderarem recuos

O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI20, estava hoje ao início da manhã em baixa, com as ações do BPI e do BCP a liderarem as descidas.
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Cerca das 9,35 horas em Lisboa, o PSI20, que inclui 18 empresas, estava a cair 0,46% para 5.659,84 pontos, com 12 cotadas a negociarem em terreno negativo, uma estável e cinco a descerem.

As ações do BPI e do BCP eram as que mais se desvalorizavam, estando a cair 1,9% e 1,13%, respetivamente, estando a valer, por esta ordem, 1,49 euros e 0,0873 euros.

O Caixabank reafirmou na sexta-feira que mantém a intenção de concretizar uma OPA sobre o BPI ao preço de 1,329 euros por ação, valor que considera "adequado", e recusa avaliar uma "eventual fusão" daquele banco com o BCP.

A posição Caixabank surge no dia seguinte ao Conselho de Administração do Banco BPI ter considerado que o preço da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank sobre aquela entidade "não reflete o valor atual" do banco e não partilha com os acionistas as sinergias anunciadas.

Segundo este órgão, presidido por Artur Santos Silva, "o preço que reflete o valor total atual do BPI é de 2,04 euros por ação", especificando que, dentro deste valor unitário por título, 1,12 euros correspondem à valorização da atividade doméstica e 0,92 euros são relativos à atividade internacional do banco.

Os 'papéis' da Altri também estavam a cair mais de 1,1% para 3,178 euros.

Entretanto, as principais bolsas europeias estavam hoje em baixa, no dia em que o Banco Central Europeu (BCE) Narranca com o programa de compra massiva de dívida soberana e privada e o Eurogrupo se reúne para negociar com Atenas.

Em Nova Iorque, Wall Street terminou em baixa na sexta-feira, com o Dow Jones a descer 1,54%, para 17.856,78 pontos, depois de ter subido a 02 de março até aos 18.288,63 pontos, o atual máximo de sempre desde que foi criado.

Ao nível cambial, o euro abriu hoje estabilizado no mercado de divisas de Frankfurt, a cotar-se a 1,0858 dólares, praticamente inalterado face aos 1,0860 dólares do fecho de sexta-feira.

Na agenda de hoje, o mais importante é o início do programa de compra de dívida do BCE, enquanto a Grécia continua a ser o alvo dos investidores.

Na quinta-feira, o BCE anunciou, em Nicósia, que iria começar hoje o programa de compra massiva de dívida soberana e privada, que se traduzirá numa injeção de cerca de 1,4 biliões de euros em 18 meses, e voltou a manter inalterada a taxa de juro diretora em 0,05%.

Os ministros da Economia e das Finanças da zona euro vão analisar o plano de reformas imediatas do Governo grego, mas não preveem adiantar parte da ajuda financeira pendente, apesar da necessidade urgente de liquidez que o país tem.

Numa entrevista ao Il Corriere della Sera, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, admitiu a realização de um referendo sobre a manutenção no euro, se a Grécia não alcançar um acordo com os parceiros da União Europeia (UE) que ajude o país a sair da crise e a estimular o crescimento.

Em declarações ao diário italiano, Varoufakis, explicou que, se Bruxelas não aceitar o plano proposto pela Grécia, "poderiam existir problemas".

"Como já tinha dito o primeiro-ministro (grego, Alexis Tsipras), não estamos colados às cadeiras. Podemos realizar de novo eleições. Podemos convocar um referendo sobre o euro", afirmou Varoukafis.

O titular das Finanças recusou, de novo, a possibilidade de que o Governo grego venha a pedir um novo empréstimo aos parceiros europeus, porque o que os gregos querem é que a UE e a Grécia alcancem um acordo que lhe permita "crescer e terminar com a crise humanitária" que sofre.

O barril de petróleo Brent para entrega em abril abriu em alta, a cotar-se a 59,50 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, menos 0,38% do que no encerramento da sessão anterior.

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