O Barclays vai sair de Portugal. A data não está ainda definida.mas a nova estratégia do banco britânico passou a considerar a.atividade de retalho na Europa "não estratégica". Portugal é.um dos quatro países que o Barclays vai deixar, mas aos clientes.portugueses, para já, "nada vai acontecer", uma vez que o banco.continuará a funcionar normalmente..A garantia foi dada por fonte oficial do Barclays, ao afirmar ao Dinheiro Vivo que "o foco do banco continua a ser o de servir.os seus clientes, bem como o de construir um banco premier forte na.Europa e continuará a gerir o negócio com esse objetivo". "O.negócio de retail and business banking na Europa (Itália, França,.Espanha e Portugal) mantém-se inalterado", disse..A saída de Portugal enquadra-se na estratégia do grupo. Além da.redução de 14 mil postos de trabalho, o banco vai reformular o seu.negócio para formar quatro atividades principais e criar uma unidade.Barclays não core para as áreas que não se encaixam na sua.estratégia de médio e longo prazo. A atividade de retalho, agora em.Portugal, Espanha, Itália e França, passa, assim, a ser não.estratégica..Rui Riso, presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas,.diz que "esta decisão mostra que não houve estratégia para.Portugal", recordando que em três anos o banco passou da compra de.ativos à retirada do mercado nacional. Garantindo que os ativos dos.clientes estão assegurados, Rui Riso frisa que "se uma nova.entidade comprar a operação vai precisar de mais trabalhadores,.pelo que era importante integrar os que agora são dispensados". O.sindicalista diz que "alguém tem de ficar com a carteira, porque.a tecnologia permite muita coisa, mas não permite o aconselhamento.pessoal, que é importante para o cliente"..A decisão prevê duas opções: ou a venda da atividade de cada.país de forma individual ou em bloco a um potencial interessado que.queira reforçar a presença nestes mercados; ou o fecho das.operações. Em ambos os casos, os clientes em Portugal terão os.seus investimentos e contratos garantidos e nas mesmas condições,.quer seja pelo futuro comprador quer pelo próprio Barclays, que, se.optar pelo fecho, terá de devolver os investimentos feitos em ativos.e manter e gerir a partir da casa-mãe, em Londres, os créditos à.habitação..Carla Varela, jurista da Deco, afirma que "o dinheiro dos.clientes está garantido, já que não estamos perante a falência.ou insolvência de um banco". Sobre a relação contratual com o.Barclays, a jurista diz que "é cedo para saber o que vai.acontecer, uma vez que o banco ainda não disse se vende os ativos em.Portugal ou se fica com eles". A única certeza, diz, "é que há.uma deslocação física dos balcões". A operação vai ser.acompanha pela Deco, "para garantir a proteção dos direitos dos.clientes"..Com Hélder Robalo