Banco de Portugal mantém subsídios de férias e de Natal

Publicado a
Atualizado a

O regulador do setor bancário anunciou hoje que vai manter o

pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos colaboradores no

ativo, ainda que se comprometa a reduzir os custos com pessoal em

2012.

O conselho de administração do Banco de Portugal decidiu, "no

respeito pelas convenções coletivas de trabalho a que o Banco está

obrigado (acordos de empresa e Acordos Coletivos de Trabalho para o

setor bancário), manter o pagamento dos subsídios de férias e de

Natal aos colaboradores no ativo", lê-se no comunicado hoje

divulgado pela entidade liderada por Carlos Costa.

Esta decisão segue a que foi tomada no ano passado, quando o

Banco de Portugal decidiu adotar medidas de contenção salarial com

efeito equivalente ao das medidas determinadas pela Lei do Orçamento

do Estado para 2011. "O Conselho de Administração decidiu

prosseguir essa política em 2012", anunciou o regulador da

banca.

O Banco de Portugal realçou que, mesmo com o aumento de

atribuições decorrente do programa de assistência financeira a

Portugal e com a assunção de novas funções no âmbito da

supervisão, decidiu "confirmar as reduções já aplicadas em

2011 relativamente a determinadas componentes de retribuição dos

colaboradores, e estender essa política de contenção, através de

reduções adicionais em outras componentes de custos com o pessoal".

Paralelamente, o supervisor bancário vai "adotar uma

política de incremento do tempo anual de trabalho dos colaboradores

através da redução das dispensas ao serviço relacionadas com a

antiguidade dos empregados no Banco, prevendo-se que desta medida

resulte uma economia adicional de custos".

Em resultado desta política de contenção, o Banco de Portugal

prevê, para 2012, um valor de custos com pessoal inferior em cerca

de 6,5 milhões de euros ao verificado em 2010 (representando uma

redução de cerca de 5,4%), apesar do reforço em meios

humanos ocorrido ao longo de 2011 (cerca de 2,5%, em termos

líquidos), cujos encargos só se farão refletir plenamente no

exercício de 2012.

"Numa perspetiva mais longa, a comparação entre os custos

com pessoal previstos para 2012 e os custos verificados em 2005

ilustra claramente o impacto desta política de contenção: Para um

número de efetivos comparável, constata-se a manutenção nominal

dos custos, ou seja, uma redução, em termos reais, superior a 12%", reforçou o Banco de Portugal.

O regulador salientou ainda que "os colaboradores do Banco de

Portugal estão abrangidos pelas convenções coletivas de trabalho

em vigor, nomeadamente os acordos de empresa e os Acordos Coletivos

de Trabalho do setor bancário, e não pela regulamentação de

trabalho aplicável aos trabalhadores da Administração Pública".

O comunicado sublinhou também que "para assegurar o

cumprimento das obrigações legais a que está submetido, o seu

funcionamento operacional e, naturalmente, as remunerações

usufruídas pelos seus colaboradores, o Banco de Portugal dispõe

exclusivamente dos recursos financeiros gerados pela sua própria

atividade enquanto banco central e não de dotações do Orçamento

do Estado".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt