Os assessores económicos de . José Sócrates consideraram, em 2005, que as propostas de 'swaps' do . Citigroup e Barclays com impacto no défice podiam ser "ponderadas . no final do ano" caso houvesse necessidade para as contas . públicas. . Segundo os documentos distribuídos pelo atual Governo, o . Citigroup e o Barclays apresentaram em 2005 propostas aos assessores . económicos do primeiro-ministro, Óscar Gaspar e Vitor Escária, . para a contratação de operações de 'swap' que fariam reduzir . artificialmente o défice orçamental. . Foi no seguimento das reuniões com os responsáveis desses bancos . - a 23 de junho no caso do Barclays e 01 de julho no caso do . Citigroup -, que as propostas foram reencaminhadas pelos assessores . económicos para o chefe de gabinete de José Sócrates, Luís . Patrão. . A carta da assessoria económica de José Sócrates, que . acompanhava a proposta, considerava que as operações propostas com . repercussões no défice "podem ser ponderadas em caso de . dificuldade no final do ano". Dizia ainda que estas "não . configuram medidas extraordinárias", inserindo-se nas . "estratégias normais de redução do risco e melhoria da . performance da gestão da dívida pública" que são "executadas . com regularidade pelo IGCP" e acrescentavam devia haver uma . decisão até final de setembro para que as propostas pudessem ser . equacionadas até final de 2005. . "Pela relevância que poderá ter, julgo que a documentação . deveria ser enviada ao Ministério das Finanças", termina a . assessoria económica de Sócrates na carta enviada ao chefe de . gabinete. . Quando recebe as propostas, o chefe de gabinete de José Sócrates . reencaminha-as para o gabinete do ministro das Finanças, Teixeira . dos Santos, que dá conhecimento ao secretário de Estado do Tesouro, . Costa Pina, que pede por sua vez um parecer ao IGCP. . O parecer do instituto que gere a dívida pública seria negativo . para ambas as propostas, que não foram aceites pelo Governo de . então, nunca chegando a ser subscritas.