As dez maiores economias do mundo
Nos últimos anos
houve mudanças no Top 10 das maiores economias do mundo. No entanto,
um conjunto de países te conseguido manter-se neste grupo há pelo
menos 20 anos. Será que é capaz de adivinhar quais são estas que
têm conseguido manter-se no top? E as novas entradas?
Top 10 em 1990/2011
EUA/EUA
Japão/China
Alemanha/Japão
França/Alemanha
Itália/França
Reino Unido/Brasil
Canadá/Reino Unido
Espanha/Itália
Brasil/Rússia
China/Índia
Para muitos, este
ranking pode não ser surpreendente, mas vemos que os chamados BRIC
(Brasil, Rússia, Índia e China) chegaram às primeiras posições.
Claro que,, para tal, há dezenas de motivos que nada têm a ver com
o crescimento, mas vou concentrar-me naquele que creio ser o mais
importante: o número total de população. Arrisca a lista dos dez
países do mundo com mais gente?
China - 1.338
milhões de pessoas
Índia - 1.170
milhões de pessoas
EUA - 309 milhões
de pessoas
Indonésia - 240
milhões de pessoas
Brasil - 195
milhões de pessoas
Paquistão - 174
milhões de pessoas
Nigéria - 158
milhões de pessoas
Bangladesh - 149
milhões de pessoas
Rússia - 142
milhões de pessoas
Japão - 127
milhões de pessoas
China e Índia são
apostas seguras, mas o resto da lista traz surpresas. O que quero
destacar é que os BRIC estão entre os países com maior população
do mundo e o factor trabalho é um dos motores do crescimento. Claro
que a população não é tudo. A China sempre teve uma população
gigantesca e apenas nos últimos anos conseguiu um crescimento
astronómico. Mas poderíamos dizer que ter um país com uma grande
população contribui para a possibilidade de ter crescimento, se se
fizer bem as coisas.
Seguindo esta linha
de raciocínio, aqui fica outra pergunta: dentre os BRIC qual é
aquele onde a população cresce mais depressa? E o mais lento? A
Índia tem uma taxa de crescimento anual de 1,3%. E
surpreendentemente, a Rússia tem perdido população, apresentando
uma taxa de crescimento populacional negativa há quatro anos
consecutivos.
Estudar a demografia é uma obrigação para quem quer entender os
movimentos de longo prazo. Por isso me atrevo a arriscar: investir na
Índia é uma boa ideia, a longo prazo. Na Rússia não.
Esta análise pode ser simplista mas é bastante certeira.
Entretanto, outro gigante perde população: o Japão. Mas estes são
problemas para outro episódio. Saionara!
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