Muse impõem o ritmo à 8.ª edição do Rock in Rio
Eram os mais esperados na primeira noite da oitava edição do Rock in Rio e agarraram a multidão com "Psycho". Na Rock Street, o palco foi de Bonga, Kimi Djabaté e Tabanka Djaz. Hoje há Bruno Mars
Nada menos do que um concerto "espetacular" era o que esperava Guilherme Moura, sentado na relva do Parque da Belavista, com os amigos, à espera dos Muse, a banda mais importante do primeiro dia do Rock in Rio. "Que seja tão bom como o do Alive", pedia Catarina Santos, ao seu lado. "Espero que cantem músicas novas, mas poucas para eu ouvir as que gosto", pedia.
Foi precisamente com um dos novos singles, Thought Contagion, que a banda britânica abriu a noite. Quem esperava os clássicos, teve-os à segunda canção, com Psycho, do álbum Drones (2015). Eram 23.00 e para as primeiras filas o culminar de uma longa espera, amaciada pela companhia música de Diogo Piçarra, das irmãs Este, Alana e Danielle Haim e dos Bastille, que abriram o seu concerto com Good Grief. "Olá, Rock in Rio. Nós somos os Bastille", disparou um falador Dan Smith para o público. "Desculpem, o meu português é uma merda". Depois, já em inglês, "é um prazer estar aqui".
A oitava edição do Rock in Rio arrancou no lugar do costume: o parque da Belavista, em Lisboa, este sábado. Este ano, algumas horas mais cedo. As 12.00 em vez das habituais 15.00. "Nas duas últimas edições, o metro não fez horário prolongado por causa dos sindicatos, então o que estava a acontecer é que os shows do palco mundo estavam a terminar às 02.00 e o metro fechava à 01.00 e muita gente assistia ao início do concerto e ia embora. Queríamos resolver esta situação das pessoas não poderem aproveitar o evento todo principalmente o último concerto, que tem uma expectativa enorme", explicou Roberta Medina, diretora do Rock in Rio, ao DN.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
Um palco para a música de África
No palco EDP Rock Street, nesta edição inteiramente dedicado a músicas do continente africano, atuaram este sábado Kimi Djabaté, Tabanka Djaz e Bonga. Os dois primeiros da Guiné-Bissau, o último oriundo de Angola. Hoje atuam ali Karlon, Baloji e Ferro Gaita.
"Muito bom. As pessoas vão passando, gostam, param. Os mais curiosos, os que gostam, vão ficando. Conseguimos reunir gente que nos ajudou a fazer a festa", declarou ao DN Micas Cabral. O vocalista dos Tabanka Djaz considera surpreendente que o Rock in Rio tenha este ano um palco para África, mas pensa que se pecou talvez um pouco "pela falta de divulgação".
Bonga, por seu lado, disse: "Antes tarde do que nunca. Sermos convidados para este evento, estarmos presentes, é de saudar. Tenho muito orgulho em ter estado aqui, representando esta África imensa, com tudo o que isso acarreta de músicas, carreiras, vocês viram como esse povo reagiu". O músico tocou músicas como Mariquinha ou Currumba e o público dançou, cantou, gritou, delirou.
O alinhamento deste domingo, dia 24, com Agir, Anitta, Demi Lovato e o norte-americano Bruno Mars, o mais esperado. As entradas esgotaram há muito e o parque deve chegar às 100 mil pessoas. No próximo fim de semana, The Killers, a 29, e Katy Perry, a 30, são os nomes mais fortes. No sábado está prevista uma homenagem a Zé Pedro dos Xutos & Pontapés, onde estarão, entre outros, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente de Assembleia da República, Ferro Rodrigues.