Festa do Cinema Italiano: Filme vencedor conquista público e júri

Lo Chiamavano Jeeg Robot, de Claudio Santamaria, arrebatou os prémios da Festa do Cinema Italiano - o festival prossegue, agora, em mais 14 cidades do país.

A Festa do Cinema Italiano encerrou com a consagração do filme Lo Chiamavano Jeeg Robot. A realização de Gabriele Mainetti, actor que se estreia aqui na direcção de uma longa-metragem, foi duplamente distinguida com o Prémio do Júri (constituído por Tiago Alves, jornalista e critico da Antena 1, João Monteiro, co-director do MOTELx, e Ronaldo Bonacchi, actor italiano) e o Prémio do Público (patrocinado pelos canais TV Cine & Séries).

Lo Chiamavano Jeeg Robot aposta na criação de um universo de fantasia e aventura, centrando-se na personagem de um pequeno ladrão que, na sequência de uma exposição a materiais radioactivos, adquire super-poderes: a sua fixação numa jovem apaixonada por uma série japonesa "anime" (Steel Jeeg), leva-o a assumir-se como um vigilante da cidade de Roma... Protagonizado por Claudio Santamaria - que vimos, por exemplo, em Terraferma (2011), filme de Emanuele Crialese sobre a chegada de refugiados a uma pequena ilha do canal da Sicília -, Lo Chiamavano Jeeg Robot é um dos mais recentes sucessos da produção italiana, a par de Quo Vado?, comédia de Gennaro Nunziante, com Checco Zalone, que preencheu a sessão de encerramento, no cinema São Jorge, desta nona edição da Festa do Cinema Italiano.

Salas cheias, sessões esgotadas
Segundo Stefano Savio, diretor do festival, o evento decorreu com "salas cheias, com várias sessões esgotadas", conseguindo consolidar a sua abertura aos espectadores de um "terceiro espaço": este ano, pela primeira vez, para além do São Jorge e da Cinemateca Portuguesa, a Festa passou também pelo cinema UCI - El Corte Inglés.

Na estratégia agora posta em prática, destaca-se o reforço das componentes de divulgação do património clássico, aspeto que foi sublinhado, em Lisboa, pela conferência proferida por Roberto Cicutto, presidente do Instituto Luce-Cinecittà, organismo vocacionado para a preservação dos clássicos e o apoio à produção de primeiras obras. Assim, a par dos títulos da produção mais recente, foram apresentadas cópias restauradas de Oito e Meio (1963), de Federico Fellini, e A Vida É Bela (1997), de Roberto Benigni (o primeiro foi, entretanto, reposto no circuito comercial). Na Cinemateca, está ainda a decorrer um ciclo de filmes de Ettore Scola que encerrará no dia 11 com a passagem do documentário Ridendo e Scherzando: Ritratto di un Regista Alla"Italiana, realizado por Silvia e Paola Scola, filhas do cineasta.

A partir de agora, a Festa do Cinema Italiano vai prolongar-se por mais 14 cidades do país, a começar por Cascais (15/17 Abril), Coimbra (18/20 Abril), Porto (21/24 Abril) e Elvas (29/30 Abril). A iniciativa prolongar-se -á até ao mês de Agosto, chegando a salas de Brasil, Angola e Moçambique.

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