Exhibitionism. O lado B dos Rolling Stones em exposição
São 550 objetos que agora veem a luz do dia e contam a história da banda. A exposição inaugurou esta semana em Londres e apresenta a cadeira onde Jagger se maquilha, a reprodução do apartamento de Edith Grove ou a simulação de ambiente nos bastidores.
Após três anos de preparativos, os Rolling Stones voltaram com estrondo à King's Road de Londres. A exposição Exhibitionism: The Rolling Stones - que retrata mais de meio século de vida da "maior banda de rock and roll do mundo" - abriu a meio da semana na Galeria Saatchi, no bairro chique de Chelsea, com direito a tapetes vermelhos, convidados VIP, flashes de paparazzi e muita música (dos Stones, naturalmente). "Andávamos a pensar fazer esta exposição há muito tempo. Mas queríamos que fosse na altura certa e numa escala muito grande", explicou o vocalista Mick Jagger, de 72 anos.
A escala, de facto, é enorme: mais de 550 pedaços da história dos Rolling Stones espalhados por uma área de 1850 metros quadrados, em nove salas e dois pisos da Saatchi Gallery. "Sabíamos que eles [Rolling Stones] tinham um armazém onde guardavam muita coisa, instrumentos, coisas pessoais, recordações. Mas ninguém sabia que era uma coleção tão rica. Tínhamos 25 mil objetos por onde escolher", diz Tony Cochrane, produtor executivo da exposição.
O trabalho meticuloso de seleção começou em 2013, aparentemente inspirado pelo êxito da mostra David Bowie Is, lançada nesse ano no Victoria & Albert Museum, de Londres. A exposição de Bowie - que estará em digressão mundial até 2018 - teve 312 mil visitantes na capital britânica e gerou quase quatro milhões de euros em receitas de merchandising. Os organizadores de Exhibitionism contam bater largamente esses números ao longo dos próximos cinco meses, até ao dia 4 de setembro.
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As salas de Exhibitionism são naturalmente um paraíso para os fãs mais devotos da banda. A exposição inclui, por exemplo, curiosidades como a cadeira onde Jagger se senta para ser maquilhado e penteado antes dos concertos; o guarda-roupa itinerante de Keith Richards, forrado com pele de leopardo; o primeiro amplificador usado pelo antigo baixista Bill Wyman (que deixou o grupo em 1993); uma bateria usada por Charlie Watts, protegida por uma jaula de vidro; e um mapa-mundi com todo o tipo de estatísticas sobre os concertos, as digressões e os países visitados pela banda (Portugal: seis vezes). Alguém sabia, por exemplo, que quem quiser ouvir todas as músicas gravadas até hoje pelos Rolling Stones precisa de dedicar um total de 46 horas, 42 minutos e 41 segundos?
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Londres