E se África coubesse numa rua do Rock in Rio?
"África representa o continente do futuro com uma iminente vitalidade criativa onde o foco é a sua realidade urbana e cosmopolita, os hábitos e os comportamentos da juventude", diz Paula Nascimento, curadora da EDP Rock Street, a rua do Rock in Rio que este ano será dedicada à música africana. É, por isso, o futuro que atuará naquela rua cuja programação foi apresentada ontem no Custom Café da Nirvana Studios, em Bacarena.
No fim de semana de 23 e 24 de junho, e na sexta-feira e sábado seguintes, dias 29 e 30, o Rock In Rio regressa a Lisboa com MUSE, Bruno Mars, The Killers, e Katy Perry como cabeças de cartaz, destinadas ao palco Mundo. Sabe-se agora que uma parte do mundo subirá ao palco da EDP Rock Street, "espaço privilegiado de festa",considera Roberta Medina, vice-presidente executiva do festival brasileiro.
No dia 23 , o palco da EDP Rock Street estreia-se com o reportório do guineense Kimi Djabaté , seguido pelos seus contemporâneos Tabanka Djaz, com a voz de Micas Cabral a marcar o ritmo Gumbé, da região de Bissau, e por Bonga, que dispensa apresentação. No dia seguinte é a vez do rapper Karlon, descendente de cabo-verdianos criado no bairro da Pedreira dos Húngaros, em Oeiras, de Baloji, que só conheceu a República Democrática do Congo em 2007, seu país natal, determinante para a sua música, e dos icónicos Ferro Gaita, de Cabo Verde.
O dia 29 será de A"Mosi Just a Lable (Jack Nkanga), natural de Angola, Nástio Mosquitoe a DZZZZ Band , além de Moh! Kouyaté, com morada dividida entre a Guiné Conacri e França. No último dia a moçambicana Selma Uamusse, os Batuk, de Joanesburgo, e Paulo Flores fecham o palco da EDP Rock Street.