Zapatero: 2010 foi um ano "duro e difícil" para Espanha
Um período de quatro anos dos quais três, reconheceu Zapatero, ficaram marcados por uma situação económica muito negativa em Espanha e por uma situação económica mundial igualmente complicada. Zapatero referiu que 2010 será recordado pela crise da dívida soberana e pela ação da UE, que terá que esperar até 2012 para recuperar os níveis de crescimento que tinha antes da crise.
O governante insistiu que o Executivo continuará a avançar no controlo das contas públicas, paralelamente à implementação de reformas que ajudem "a fortalecer a criação de emprego e a economia e a dar sustentabilidade ao estado de bem-estar". Medidas que em 2010 já permitiram "uma redução do défice público, uma correcção da balança comercial, e o aumento da produtividade".
Para este ano, e numa altura em que ainda decorrem negociações entre o governo e os sindicatos, Zapatero explicou que um dos primeiros passos será a aprovação, ainda este mês, do decreto de reforma das pensões. Também este mês deverá ser publicado um relatório detalhado sobre a exposição das caixas de aforro e dos bancos espanhóis ao sector imobiliário.
Explicando que o objetivo do défice para 2010 - de 9,3% do PIB - vai ser facilmente cumprido, Zapatero explicou que o objectivo para 2011 se mantém de empurrar esse valor para menos de seis por cento. Em termos económicos o objectivo é que a economia feche 2011 com um crescimento do PIB que se consolidará até 2015.