Xiaomi 12 Pro. A performance tem um novo concorrente para a liderança

O novo "navio almirante" da frota de smartphones da marca chinesa de telemóveis bate-se - ou ultrapassa - a concorrência direta em praticamente todos os parâmetros. Não sendo perfeito, é sem dúvida a opção a ter em conta para quem procura puro desempenho.... e carregamento rápido.
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A Xiaomi acaba de tornar a vida mais complicada a qualquer pessoa que quer um novo telemóvel 5G topo de gama para as férias de verão. O novo 12 Pro, acabado de chegar ao mercado português, é não apenas o melhor smartphone que a marca chinesa já criou, mas é também um candidato a escolha certa para o seu segmento.

Com um design sóbrio, um excelente ecrã e características de hardware que lhe garantem um alto desempenho, o 12 Pro bate-se - e em algumas áreas supera -modelos como o Samsung Galaxy S22, o Oppo Find X5, o OnePlus 10 Pro ou o Huawei Mate 40 Pro.

Assim, se poderia já ser difícil escolher entre qualquer um destes modelos de topo, cada um deles com os seus defeitos e virtudes, a chegada do novo Xiaomi ao mercado ainda torna a escolha mais difícil. Mas há boas razões para se optar pelo mais recém-chegado ao mercado nacional. E, pelo menos, uma para hesitar...

Ainda que hoje em dia todos os telefones de gama alta tenham uma qualidade de ecrã muito boa, o Xiaomi 12 Pro destaca-se pela magnífica imagem, no ecrã de 6,73 polegadas, logo assim que se liga. Mas, infelizmente, não vem por defeito com as definições abaixo do máximo -- para poupança da bateria.

Apesar de o ecrã AMOLED ser capaz de uma taxa de refrescamento de 120Hz, com uma resolução de 3200 por 1440 píxeis (WQHD+) e uma densidade de 521 PPI, o que é extremamente elevada, a definição de fábrica é Full HD+ (2400 x 1080 píxeis, 391 PPI). Não é nada mau para uma utilização diária, mas em podendo ter mais... E, comparando: esta resolução máxima é superior à conseguida pela proposta pelo modelo da Samsung.

Qual é o problema então? Ativando a resolução máxima nas definição, e ainda que possa (e deva) utilizar a opção ativa, em que o telefone altera refrescamento (Hz) e luminosidade consoante a necessidade do vídeo e as condições ambientes, a autonomia da bateria reduz-se nitidamente.

E, já agora, mais vale referi-lo imediatamente: a duração da carga em utilização é mesmo o maior problema deste telefone. Apesar da bateria de 4600mAh, é fácil chegar ao fim do dia de trabalho com o stress de pensar que a bateria pode não chegar até à noite.

Há, no entanto, dois fatores que ajudam (e muito) a compensar este problema: o carregamento ultrarrápido possibilitado pelo carregador de 120 watts incluído com o telefone -- tão veloz que leva a bateria de 0 a 100% em 18 minutos - e a possibilidade de carregar sem fios. Também aqui a Xiaomi porta-se melhor com os seus próprios carregadores, de 50 watts, apesar de o 12 Pro ser compatível com qualquer carregador que utilize o protocolo Qi, só que demora mais tempo a atingir a carga completa.

Além disso, o 12 Pro ainda pode funcionar, ele próprio, como carregador sem fios para outro dispositivo, uma vez que tem a função de carregamento inverso.

De qualquer forma, convém referir, em comparação, tanto em termos de autonomia como velocidade de carregamento, esta proposta da Xiaomi bate o Huawei Mate 40 Pro. E ainda que o Oppo Find X5, com uma bateria de 5000mAh, possa oferecer uma autonomia um pouco maior, não tem um carregamento tão rápido -- e no mundo real, o maior tempo de carga oferecida não é assim tão grande. Segundo a maioria dos inquéritos a utilizadores, o menor tempo possível a carregar a bateria é dos fatores mais valorizados.

Que o processador ​​​​Qualcomm ​​​Snapdragon SM8450 de oitava geração (que integra on chip 1x 3.0 GHz Cortex-X2 + 3x 2.5 GHz Cortex-A710 + 4x 1.8 GHz Cortex-A510) é capaz de um desempenho de topo já é algo expectável, até pelos benchmarkings divulgados pelas revistas da especialidade..

O que o 12 Pro demonstrou, no mundo real, foi ser capaz -- na versão de 8gb de RAM -- de resolver rapidamente todos os problemas que lhe atirámos para cima. Desde processar vídeo, aos jogos mais complexos, não houve quaisquer tarefas em que o aparelho parecesse ter dificuldades.

O mesmo aconteceu com a câmara. A lente principal da câmara traseira é um bem potente sensor de 50 megapíxeis fabricado pela Sony (aliás, o mesmo que a Huawei utiliza no modelo P50 Pro, muito elogiado pela crítica). Em resumo: as fotos conseguidas com este sistema são excelentes.

Já na captura de vídeo, há uma crítica importante a fazer: o Xiaomi 12 Pro não grava vídeo em HDR (ainda que faça fotos com este maior intervalo dinâmico de luminância e cor), ao contrário do que acontece com os referidos modelos da Oppo e da Huawei.

Ainda relativamente ao vídeo, o 12 Pro grava 4K a 60 frames por segundo e existe a opção de 8k a 24 frames por segundo (o refrescamento do cinema).

Por fim, um detalhe de utilização: o telefone desbloqueia-se com sensor de impressões digitais sob o ecrã que, simplesmente, funciona. Tal não é novidade, pelo contrário, mas é bom vê-lo tornar-se cada vez mais comum. Só a marca que tem um fruto parece ainda não ter percebido...

Com um preço tabela de 1050 euros (só mesmo a proposta da Oppo é 50 euros mais barata, no momento), este Xiaomi 12 Pro é sem dúvida um dos melhores smartphones a ter em conta no seu segmento. O maior calcanhar de Aquiles é mesmo a autonomia, mas isso, objetivamente, é um problema hoje em dia que quase qualquer telefone 5G tem. O carregamento ultrarrápido é um trunfo a ter em conta, que não encontramos na concorrência. Uma oferta vencedora num mercado que já parecia saturado de boas opções.

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