O principal dirigente da oposição libanesa, Walid Jumblatt, manifestou-se ontem contrário à demissão imediata do Presidente Emile Lahud, defendendo que «a prioridade neste momento deve ser dada às eleições» legislativas. Esta declaração, que reflecte uma mudança de posição do deputado, foi feita após o seu encontro com o chefe do Estado egípcio, Hosni Mubarak. .Jumblatt sublinhou ainda que a oposição exige agora a investigação do assassínio do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri e o estabelecimento de um calendário detalhado para a retirada das tropas sírias do Líbano, frisando que Mubarak «insistiu na necessidade de a Síria respeitar a legalidade internacional». .O responsável druso acrescentou que a questão do desarmamento da mílicia do Hezbollah (xiita pró-iraniano) é «um assunto que deve ser discutido só entre libaneses, após a retirada síria»..Rejeitou, uma vez mais, qualquer diálogo com alguns membros do Governo demissionário - sem fornecer nomes -, adiantando que «após as eleições, veremos qual o futuro de Lahud». «Dialogaremos com o Hezbollah, mas não podemos dialogar com uma equipa que fazia parte do Governo demissionário e que nos acusou de traição e de negligência», explicou..soberania. O ministro dos Negócios Estrangeiros sírio, Faruk al- -Shareh, afirmou, por seu lado, que o seu país está «mais do que ninguém interessado na liberdade, independência e soberania do Líbano», não querendo de forma alguma intervir na formação dos seus governos..Numa entrevista dada à cadeia de televisão privada libanesa LBC, considerou que o desarmamento do Hezbollah é «uma questão do Líbano» e confirmou o fim da primeira fase de retirada das suas tropas para a parte oriental libanesa de Bekaa, recordando que «a decisão de uma retirada total do Líbano foi tomada pela direcção síria» e que o seu atraso se deve a causas e responsabilidades multilaterais.