O anúncio foi hoje feito pelo presidente da Aliança dos Liberais de Democratas pela a Europa (ALDE), Graham Watson, que foi citado pela AFP. .O mesmo indicou que o finlandês Olli Rehn, atual comissário dos Assuntos Económicos, renunciou a concorrer com Guy Verhofstadt pelo direito de ser candidato dos liberais, preferindo antes posicionar-se para ocupar uma das pastas importantes na próxima Comissão Europeia, como a da economia ou diplomacia. .Apesar de apoiado pelos liberais britânicos, alemães, suecos, letães e estónios, Rehn suscitou, porém, reticências nos partidos liberais de outros países. "Rehn não é compatível com os valores do Partido Democrata Europeu (que integra o ALDE) e com aquilo que defendemos como projeto europeu", afirmou a eurodeputada francesa Marielle de Aarnez, eleita pelo Modem, integrante da bancada do ALDE no Parlamento Europeu. .O ALDE deverá aprovar Verhofstadt como candidato a 1 de fevereiro, durante a reunião dos seus 400 delegados que se realiza em Londres. .Até agora existem apenas dois candidatos oficiais à sucessão de Barroso: Martin Schulz, vice-presidente do Parlametno Europeu, alemão, do SPD, foi escolhido pelos socialistas europeus; Alexis Tsipras, atual líder do Syriza, grego, foi eleito pelo Partido da Esquerda. Noutros grupos políticos europeus há especulações e votações em curso..Tanta preocupação em designar um candidato prende-se com o facto de, devido ao Tratado de Lisboa, esta ser a primeira vez que o grupo político europeu mais votado (nas eleições europeias de maio) poder propor ao Conselho Europeu um nome para a presidência da Comissão. Nada impede Barroso de ser candidato a um terceiro mandato, mas as suas hipóteses serão mais reduzidas. .O Partido Popular Europeu (PPE), atualmente o maior grupo político do Parlamento Europeu e família política de Barroso, lançou em dezembro o processo de designação do seu candidato. O processo deverá produzir resultados em março, durante a convenção do grupo político europeu, em Dublin, na Irlanda..Alguns nomes foram lançados para a praça pública, por fontes que vão sendo citadas pelos media europeus, mas o candidato mais forte a ser o candidato do PPE à liderança da Comissão Europeia é o ex-primeiro-ministro luxemburguês e ex-presidente do Eurogrupo Jean-Claude Juncker. Numa entrevista recente à rádio regional alemã RBB deu a entender que estava disposto a ser candidato da direita ao lugar de Barroso. "Em princípio estou pronto (...) se o programa (do Partido Popular Europeu) e outras coisas forem satisfatórias", disse.