Verdi e a 'marca' sacra que colocou no seu 'Requiem'
Dois anos após a estreia da Aïda, no Cairo (foi escrita para a abertura do canal de Suez), a morte de Alessandro Manzoni, spiritus rector do Romantismo italiano, autor do clássico I promessi sposi, incitou um Verdi no limiar dos 60 anos a compôr uma Missa de Requiem.
"É uma obra fantástica! Dirigi-a apenas uma vez, era muito, muito jovem, num festival no Véneto, pelo que considero este de Lisboa como a minha verdadeira estreia no Requiem!", diz com entusiasmo Giampaolo Bisanti, maestro milanês de 43 anos que, por sua vez, se estreia em Portugal.
A estreia do Requiem, em maio de 1874, na Igreja de São Marcos, em Milão, com o próprio Verdi a dirigir, foi um evento de ressonância europeia e gerou larga discussão quanto aos méritos ou deméritos da obra: "É um Verdi muito particular, porque tem um molde que, além de operístico, é indubitavelmente sacro. Não é uma obra determinada só pelas leis da lírica, mas também por uma "marca" de natureza sacra que Verdi tinha em mente ao escrever a obra".
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