Verdi e a 'marca' sacra que colocou no seu 'Requiem'

Teatro Nacional de São Carlos apresenta o <em>Requiem</em> de Giuseppe Verdi, dirigido por Giampaolo Bisanti, um maestro em crescente afirmação que faz a sua estreia em Portugal
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Dois anos após a estreia da Aïda, no Cairo (foi escrita para a abertura do canal de Suez), a morte de Alessandro Manzoni, spiritus rector do Romantismo italiano, autor do clássico I promessi sposi, incitou um Verdi no limiar dos 60 anos a compôr uma Missa de Requiem.

"É uma obra fantástica! Dirigi-a apenas uma vez, era muito, muito jovem, num festival no Véneto, pelo que considero este de Lisboa como a minha verdadeira estreia no Requiem!", diz com entusiasmo Giampaolo Bisanti, maestro milanês de 43 anos que, por sua vez, se estreia em Portugal.

A estreia do Requiem, em maio de 1874, na Igreja de São Marcos, em Milão, com o próprio Verdi a dirigir, foi um evento de ressonância europeia e gerou larga discussão quanto aos méritos ou deméritos da obra: "É um Verdi muito particular, porque tem um molde que, além de operístico, é indubitavelmente sacro. Não é uma obra determinada só pelas leis da lírica, mas também por uma "marca" de natureza sacra que Verdi tinha em mente ao escrever a obra".

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