Verde e mau, o monstro regressa
Cinema. 'O Incrível Hulk' estreia-se em Portugal
Chega hoje aos cinemas o novo Hulk, com Edward Norton como herói
Em 2003, a Marvel Comics associou--se à Universal Pictures para a adaptação de O Incrível Hulk ao grande ecrã. Com Ang Lee como realizador e Eric Bana no lugar de protagonista, o filme foi um fracasso na bilheteira, reflectido, naturalmente, nos números: com um orçamento de 15o milhões de dólares, as receitas nos EUA ficaram-se pelos 132 milhões. Hoje, estreia a sequela dessa experiência falhada, deixando a questão: porquê voltar a investir neste Hulk?
Entre as críticas apontadas pelos fãs ao primeiro filme conta-se o retrato excessivamente intelectualizado do herói. Em O Incrível Hulk (desta vez com realização assinada por Louis Leterrier), Edward Norton ocupa o lugar de Eric Bana e transforma o monstro verde num concentrado de acção e movimento. No entanto, desta vez o contaminado Bruce Banner fala quando se transforma. Antes, os seus olhos ficam verdes, como muitos apaixonados pela série de BD aguardavam.
A história segue o final do episódio anterior. Hulk foge da perseguição do general Ross enquanto procura por uma cura para a contaminação de raios gamma que o trans- formou. Um novo monstro surge a partir da mesma fórmula química, para tentar eliminar Hulk e o confronto parece inevitável. Este é o argumento da autoria de Zak Penn, contratado pela Marvel depois de esta ter comprado de volta os direitos para filmar a história, de forma a torná-la mais próxima do original. De acordo com a produtora, o primeiro filme foi uma espécie de teste, para saber o que satisfaz e não satisfaz o público. Ao mesmo tempo, o próprio Edward Norton contribuiu para a revisão do texto, ele que segue as histórias de Hulk desde sempre. A colaboração despertou alguma tensão com a produção do filme mas tudo foi justificado com a " enorme paixão que todos nutrem pelo projecto", disse fonte oficial.
Com divergências resolvidas, a Universal e a Marvel garantem o sucesso deste Incrível Hulk. As vendas consideráveis dos novos números de BD parecem indicar que a história de Bruce Banner voltou a conquistar adeptos. E os licenciamentos para promoção, marketing e merchandising são superiores aos de qualquer outro projecto que a Universal tenha para 2008. Além dos números, refira-se ainda a previsão de Stan Lee, o criador da personagem. Em Abril, confessava ao New York Times que o sucesso de Hulk seria tão grande como o então ainda por estrear Homem de Ferro. No segundo acertou.