Verão: a época de maior 'stress' da profissão mais stressante do mundo

Se os aviões não se perdem no ar, aterram e descolam sem problemas tudo se deve ao trabalho invisível dos controladores aéreos, que ficam felizes por ainda serem desconhecidos.
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O espaço aéreo divide-se por regiões, que se subdividem em camadas e essas em setores. Cada um desses pedacinhos de céu estão a ser vigiados em terra por controladores aéreos, que têm por missão garantir que os aviões aí passam em segurança até chegarem ao destino, onde mais uma vez serão guiados pelos controladores para que cheguem à pista sem problemas. É por causa da atenção constante que os céus requerem que esta é reconhecida como a profissão mais stressante do mundo. Ainda mais no verão. "Não sei se é a mais stressante, mas há momentos difíceis", admite Rui Marçal, controlador na fase de aproximação (posiciona os aviões para a aterragem), no aeroporto de Lisboa.

O espaço aéreo português está dividido em dois: Lisboa, que engloba o Continente, a Madeira e a costa nas suas proximidades; e os Açores, que além do arquipélago obriga à vigilância de grande parte do Atlântico Norte. "É o maior espaço aéreo europeu e um dos maiores do mundo." Mais um pormenor a contribuir para uma profissão muito pouco calma. Muito menos nos meses em que toda a gente vai e regressa de férias e o movimento aumenta, apesar de o número de profissionais para assegurar o serviço ser o mesmo. A solução passa por "descansar menos dias, fazer turnos mais alargados e evitar férias nesta altura. Mas não é dramático", relativiza Rui Marçal. Até porque, acrescenta a colega Patrícia Age, "o tráfego aéreo já está muito diluído no ano inteiro. As low cost vieram aumentar o movimento, mas também diluí-lo".

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