Penteados Primavera/Verão 2010

O cabelo é um elemento visual muito importante. Basta mudar a cor, o corte ou experimentar um penteado novo para actualizar instantaneamente a imagem. <br /><br />
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A moda desta Primavera mostra que a segunda metade do século XX continua a ser uma grande fonte de inspiração, principalmente as décadas de 1970 e de 1980. No entanto, esta onda de revivalismo não tem nada de nostálgico, já que os ícones do passado são reinterpretados com criatividade e ousadia. Isto deve-se, em grande parte, à evolução dos produtos de styling, dos serviços técnicos (como a coloração) e dos aparelhos modeladores, que permitem dar largas à imaginação. Mas o grande segredo é o corte – um cabelo bem cortado fica sempre com bom aspecto, mesmo que seque ao ar.

Escadeados modernos
Os dias quentes pedem informalidade e leveza. Por isso, Samuel Rocher propõe cortes modernos e versáteis, delicadamente trabalhados nas pontas, que podem ser penteados de várias maneiras. Um corte carré, mais comprido à frente e escadeado atrás, para criar um efeito de volume arredondado, é um bom exemplo. Pode secá-lo ao ar ou com um secador difusor, de modo a valorizar a ondulação do cabelo, ou esticá-lo com escova e secador (brushing clássico). Se o cabelo não é naturalmente ondulado, aconselha-se uma permanente suave para lhe dar corpo e movimento. Este castanho dourado está na moda, como todos os tons quentes. Mas a grande tendência deste ano, ao nível da cor, é o ruivo, como se vê na colecção de coloração Ellectric Avenue, da Redken.

Comprido e ao natural
A inspiração nos anos de 1970 é óbvia nos cabelos compridos, que se querem bem abaixo dos ombros e com um aspecto natural. É um look desalinhado e juvenil, que faz pensar em praia e férias. Nos desfiles de moda, os criadores que optaram por este estilo dispensaram escovas, secador e laca, e deixaram os cabelos a ondular livremente. Para o desfile de Lacoste, Sally Brooks da Nivea Haircare apanhou os cabelos revoltos das modelos, sem os pentear demasiado, numa trança meio desmanchada e puxada para o lado. Para quem prefere uma versão sofisticada, a inspiração vem do estilo Anjos de Charlie e a arma secreta é o brushing à moda antiga, feito com secador e escova redonda. Como neste visual da nova colecção de Majirel, que requer um corte escadeado à frente, a emoldurar o rosto. As pontas são enroladas para fora com uma escova redonda, grossa.

Texturas rebeldes
Se olharmos bem para os penteados que se vão usar nesta Primavera, conseguimos identificar elementos provenientes de várias épocas e estilos, e no entanto são ultramodernos. O elemento mais revolucionário acaba por ser a textura do cabelo, talvez porque hoje é muito fácil modificá-la com os novos produtos de styling e todo o género de aparelhos modeladores. Por exemplo, esta criação de Guido/Redken para o desfile de Versace seria um cabelo comprido sem história, se ele não tivesse feito uma ondulação suave, com um ferro de enrolar médio, aplicando em seguida uma pasta modeladora para separar as madeixas. Também Paulo Vieira optou por acentuar o volume e a textura dos cabelos, para o desfile de Fátima Lopes no Portugal Fashion. Primeiro frisou a cabeleira toda, e depois escovou com laca para soltar. Na prática, isto significa deixar os cabelos encaracolados ao natural.

Os novos apanhados
Há muitas maneiras de usar o cabelo apanhado com estilo – em cima, em baixo, bem esticado ou meio despenteado – mas este ano, para estar na moda é preciso personalizar o penteado com um acessório. E bem grande, de preferência. As minimolas e os brilhantes minúsculos estão completamente desactualizados. Como se pode ver pelos penteados de Guido/Redken nos desfiles de Bottega Veneta e Marc Jacobs, o volume também é um dado importante. O truque é aplicar uma espuma de volume no cabelo, secar sem esticar e depois apanhá-lo atrás e ao alto. Se quiser fixar a forma, use ganchos invisíveis. Quem tem o cabelo fino, pode ripá-lo ligeiramente antes de prender. Para rematar, use uma fita à laia de bandelete, deixando as pontas caídas.

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