Venezuela: EUA saúda saída de López da cadeia, mas rejeita prisão domiciliária

A administração norte-americana saudou hoje a saída do opositor na Venezuela Leopoldo López da cadeia, mas considerou inaceitável a sua colocação sob prisão domiciliária e a "continuada recusa de direitos humanos básicos".
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"Saudamos a libertação de Leopoldo López da prisão. No entanto, a sua reclusão em prisão domiciliária e a continuada recusa de direitos humanos básicos é inaceitável para os Estados Unidos", afirma, em comunicado, a Casa Branca.

A administração norte-americana defende que tem de ser feito mais por López e por outros prisioneiros políticos na Venezuela, que se opõem ao Presidente Nicolás Maduro.

"Todos os venezuelanos devem poder expressar as suas crenças políticas livremente e os Estados Unidos continuam a apelar à libertação imediata de todos os presos políticos sob o regime de Maduro", afirma ainda a Casa Branca.

O comunicado recorda ainda o encontro entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e a mulher de Lopez, na Sala Oval, em fevereiro passado.

López, 46 anos, foi transferido hoje para prisão domiciliária, depois de mais de três anos na prisão militar de Ramo Verde.

O dirigente do partido Vontade Popular foi detido a 18 de fevereiro de 2014, acusado de incitamento à violência durante uma ação antigovernamental, em que morreram três pessoas, e que deu lugar a uma onda de manifestações que causou 43 vítimas mortais, de acordo com o balanço oficial.

Leopoldo López foi condenado a quase 14 anos de prisão.

O Supremo Tribunal venezuelano informou que a transferência de López para prisão domiciliária se deveu a "problemas de saúde", mas familiares do dirigente da oposição garantiram que ele está bem e feliz por estar em casa.

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