Valentim e João Loureiro vão a julgamento pelo Boavista-Estrela

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Valentim disse que juíza decidiu assim por ser enteada de Pôncio M.

Valentim Loureiro, antigo presidente da Liga de Clubes, e o filho João Loureiro, ex-líder do Boavista, vão a julgamento por alegada corrupção activa desportiva, no processo que diz respeito ao jogo Boavista-E. Amadora da época 2003/04. A decisão judicial, ontem revelada pelo Tribunal de Instrução Criminal do Porto, foi qualificada como "um murro no estômago" pelo actual presidente da Assembleia Geral da Liga.

Junto com os Loureiros, estão pronunciados - no âmbito do processo extraído do 'Apito Dourado' - o ex-árbitro Jacinto Paixão e os observadores de arbitragem José Alves e Pinto Correia. Os antigos dirigentes são acusados de terem coagido Paixão a favorecer o Boavista na partida com o Estrela (da 29.ª jornada, a 3 de Abril de 2004 e com o resultado final de 0-1, para os estrelistas).

Poucas horas depois de saber da decisão judicial, Valentim chamou a comunicação social à sede da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, no Porto, para reagir. Apostando nas imagens futebolísticas, o dirigente disse que "o jogo terminou empatado e agora vai continuar com nova equipa de arbitragem, no Tribunal de São João Novo", no Porto.

Daí, passou a falar na "árbitra", a magistrada que tomou a decisão de levar o processo a julgamento. Segundo Valentim Loureiro, a juíza é familiar de um amigo seu [Pôncio Monteiro] e terá argumentado que não queria ficar com o caso, devido a essa situação. "Como é que o árbitro diz que não tem condições para fazer o jogo e a Comissão de Arbitragem o manda fazer o jogo?" questionou, então, o actual presidente da Câmara de Gondomar. Continuando a analogia, Valentim sustentou que a juíza decidiu avançar para julgamento porque "não estava à vontade" e, assim, "o jogo continua com novos árbitros".

Frisando estar de "consciência absolutamente tranquila", Valentim Loureiro lembrou que "não estava minimamente à espera" que este processo fosse a julgamento. Ontem, para o major, seria o dia em que os 15 processos relativos ao futebol profissinal em que estava envolvido seriam arquivados. Da lista que apresentou, apenas faltou arquivar o do Boavista-E. Amadora. - R.M.S.

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