Utilizadores do Houseparty relatam histórias sobre convidados indesejados. Criadores da app desmentem
Com milhões de pessoas em quarentena nos seus países devido à pandemia de covid-19, tem emergido uma aplicação chamada Houseparty, que consiste em conversas instantâneas através de vídeo, que podem incluir jogos e em que podem entrar vários amigos dos utilizadores.
Porém, os utilizadores da aplicação têm relatado histórias bizarras sobre convidados indesejados durante as suas conversações.
Segundo vários media britânicos, muitos utilizadores têm-se queixado disso mesmo no Twitter. "A minha mãe convidou-me para uma conversa, então eu entrei mas acabei num grupo de reza", disse um utilizador.
"A minha parte favorita desta noite foi quando a mãe da Georgia se juntou à nossa conversa para dizer à Georgia que as fajitas estavam prontas", revela outra.
Outro utilizador contou que pessoas estranhas entraram na conversa que ele estava a travar e que teve de lhes dizer que o tio tinha morrido para as sensibilizar a sair.
Embora a aplicação seja vista por grande parte dos utilizadores como um inofensiva, a instituição britânica Internet Matters tem alertado sobre os perigos ocultos da sua utilização, principalmente por parte dos mais jovens. "Embora a aplicação seja relativamente segura, pois os utilizadores podem criar salas e escolher apenas nomes específicos das pessoas com quem conversar, se uma criança não trancar a sua sala de conversação e escolher configurações particulares, outras pessoas poderão aceder", explicou, citado pelo Mirror.
"Os maiores riscos são a comunicação com pessoas que as crianças não conhecem bem, sexting, fotos e partilha de vídeos", acrescentou.
Por outro lado, os responsáveis pelo Houseparty garantem que a sua aplicação é perfeitamente segura e que as passwords dos seus clientes não são disponibilizadas a nenhum outro serviço.
"Todas as contas da Houseparty são seguras - o serviço é seguro, nunca foi comprometido e não recolhe palavras-passe para outros sites", pode ler-se numa publicação no Twitter.
Tal como acontece com qualquer outro serviço online, os utilizadores devem seguir um conjunto mínimo de boas práticas de segurança nas suas atividades na internet, designadamente escolher palavras-passe complexas, que misturem letras, números e caracteres especiais, de preferência diferentes para cada serviço.