Uma nova palavra, muita arte e a mesma cerveja

A celebrar sete anos, a marca de cerveja artesanal Musa abriu mais um bar, em Colares, e surgiu com uma nova identidade. Os rótulos das garrafas são agora assinados por vários artistas emergentes e há uma palavra que corre o risco de vir a fazer parte do vocabulário: livreza.
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Pode procurar no dicionário, mas de certeza que não encontrará a palavra "livreza" em sítio nenhum. No entanto, é esta a expressão que se tem ouvido nos últimos dias quando se fala da Musa, a cerveja artesanal que acaba de comemorar sete anos de vida com um refrescamento da imagem. A intenção é mostrar a forma de estar, o estado de espírito da marca. "Livre, descomprometida, leve, solta, aberta a todos", nas palavras da diretora de marketing Bárbara Simões.

Se a palavra vai vingar e passar a constar do vocabulário nacional é uma incógnita, mas aquilo que os responsáveis da Musa sabem bem é o que querem: continuar a democratizar a cerveja dita artesanal. Muito já foi feito, mas "ainda há muitos quilómetros pela frente". Para já, as cervejas estão no mercado com novas identidades, assinadas por artistas emergentes.

Escolher os finalistas, já se sabe, foi tarefa difícil, até porque a Musa queria diversidade, paridade e linguagens e geografias diferentes. AKACORLEONE fez renascer a Born in the IPA, Amargo dedicou-se a dar rock à Red Zeppelin, André da Loba dançou a Twist and Stout, Bráulio Amado dedicou-se à Blondie Ale, D"Uma Ova à Peste e Sidra, Inês Machado à Frank APA, Mantraste à Psycho Pilsner e Mariana Malhão à Saison O"Connor. E ainda este mês, uma nova cerveja para o verão será lançada com a imagem criada por um outro artista.

"Sete anos já é algum tempo, havia necessidade de refrescar a nossa imagem, as nossas cores", explica Bárbara Simões. Até o logótipo levou umas "pequeníssimas alterações".

Muito mudou desde o lançamento, em 2016, com um evento no armazém que viria a tornar-se a sua fábrica, na Rua do Açúcar, em Marvila. Um espaço que a Musa abandonou no ano passado, tendo aberto a Musa de Marvila, na Rua do Vale Formoso, não muito longe, com cores mais berrantes. "Este bar já não tinha a ver com a forma como eram os nossos rótulos", justifica. Um espaço com música ao vivo, com uma esplanada, piscina, parque infantil, "onde se experiencia a marca de formas diferentes consoante a hora do dia".

Em maio, a juntar-se a este espaço e à Musa da Bica e à das Virtudes, no Porto, abriu mais uma, em Colares. É a Musa da Praia, situada numa velha torre de água que abastecia uma antiga colónia de férias da CP, que, ao contrário dos outros, não serve comida. "Mas abastecemos cerveja", brinca Bárbara Simões.

No fundo, a Musa sempre foi uma cerveja com muita lata. Algo que agora também se reflete no lançamento em forma de latas. Por agora é apenas uma edição limitada, mas "é algo que no futuro, a curto prazo, fará parte do nosso portfólio", avança a responsável.

sofia.fonseca@dn.pt

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