Na mente de George Lucas, então com 32 anos, a música do primeiro filme d'A Guerra das Estrelas deveria funcionar como contrapeso à ininterrupta ficção futurista das imagens. Seria portanto de preferência uma linguagem reconhecível, acessível, que "colasse" bem aos ouvidos dos espectadores. Isto é, uma música afim ao Romantismo do final do século XIX/início do XX..Lucas estaria portanto longe de sonhar que a música que John Williams comporia para esse filme iria adquirir ela própria um sucesso planetário e que se fundiria de tal modo em simbiose com as imagens que o todo se tornaria virtualmente inseparável: hoje, a saga da Guerra das Estrelas é tanto a trama no ecrã quanto a música que a acompanha. Sinal disso é o sucesso comercial das edições em disco da banda sonora dos filmes, bem como o sucesso nas salas de concertos: não só orquestras ligeiras, mas muitas orquestras sinfónicas programam as suites (compilação dos temas mais marcantes do filme) realizadas por John Williams para esse específico propósito..[youtube:OvsJk6Dve3A].Banda sonora sinfónica renasce.Na altura, as bandas sonoras em estilo sinfónico estavam em franca decadência: certo, os tempos eram outros, como o eram os modelos dramáticos, e a emergência do pop-rock fazia sentir a sua influência sobre a composição para o cinema. Mas também o desaparecimento de cena da grande geração de compositores clássicos de Hollywood contribuíra para isso....Leia mais na edição impressa ou no e-paper do DN