Uma estreia paupérrima

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1. E, no entanto, a pornografia gratuita está muito longe de ser o principal problema de Spartacus (Fox). Da intriga aos diálogos, passando pelas actuações e pela própria realização - nada funciona, tornando provavelmente justo dizer-se que há muito tempo uma grande estreia não se revelava uma tal decepção. Bem vistas as coisas, Spartacus não passa de uma espécie de cruzamento entre a Playboy TV e Conan, o Bárbaro. É soft porn fundida com testosterona - e mais nada. Os diálogos revelam-se de um esquematismo atroz. Os actores, para além de absolutamente desprovidos de talento, são de uma beleza tão óbvia como vulgar. O jogo entre o tom introspectivo à Gladiador e a estética cartoonística à 300 não resulta de todo - e, no meio disto tudo, a opção por uma história mil vezes contada não teria nunca forma de segurar-se. É um desperdício de dinheiro, de gente e de atenções, no fundo. A Fox tem uma responsabilidade. Como é que vamos acreditar nela da próxima que nos prometer uma "estreia da década"?

2. Grande iniciativa de comunicação, e ao mesmo tempo grande iniciativa de marketing, a aposta de Marcelo Rebelo de Sousa numa aplicação para iPad com os vídeos dos seus comentários na TVI. No final, haverá meia dúzia de pessoas a vê-lo através do tablet . Mas o sound bite da notícia há-de perdurar - e com ele tanto ganha o próprio Marcelo como ganha a disseminação daquela tecnologia em Portugal.

3. É impressão minha ou a forma como as coisas estão a decorrer no Tribunal de Oeiras, onde o ex-pára-quedista Fernando Pereira foi queixar-se de plágio em 1ª Companhia (TVI), começa a encaminhar-se para uma sentença histórica?

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