Um pequeno passo para o robô, um passo gigante para a Europa

O módulo Philae chegou ao destino e enviou dados, mas pode não estar ancorado ao cometa. Os seus arpões não funcionaram.
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Eram 16.03, hora de Lisboa, quando a confirmação chegou ontem ao centro de controlo, em terra: o Philae já estava na superfície do cometa Tchourioumov-Guérassimenko. Os primeiros dados científicos chegaram pouco depois, mas também a má notícia de que o módulo não estava afinal ancorado ao solo, como planeado. Na ESA, ainda assim, reinavam o entusiasmo e a confiança, com a promessa de mais novidades para hoje.

Com assinatura europeia, esta foi a primeira descida de sempre de uma sonda terrestre sobre o núcleo de um cometa e, apesar do percalço técnico, os responsáveis da ESA festejaram com aplausos, abraços e champanhe.

O problema: os arpões que deviam ter disparado ao contacto com o solo, para garantir que módulo de aterragem ficaria preso ao chão, não funcionaram.

"Estamos a olhar para todos os dados", afirmou Stephan Ulamec, o responsável pela aterragem, já ao fim do dia, em conferência de imprensa a partir do ESOC, o centro de controlo da agência espacial europeia, em Darmsadt, na Alemanha.

"Os sinais de telemetria parecem indicar que houve, não uma, mas duas aterragens, porque aparentemente, o Philae tocou no solo, subiu e voltou a descer, estando agora, ao que tudo indica, enterrado quatro centímetros no solo. Mas isto ainda é especulação", explicou Stephan Ulamec, sublinhando que o Philae enviou já "os primeiros dados científicos [recolhidos pela sua instrumentação] a partir do núcleo do cometa, bem como as primeiras imagens". A câmara, disse o responsável, "funcionou muito bem".

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