Um paraíso em tons de azul com pinceladas de verde

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Em Menorca, a época alta é entre Junho e Setembro, mas o mar até no Inverno é bom

53Feche os olhos. Imagine-se em Menorca. De repente, sente-se transportado para um universo de praias, praias e mais praias, não é assim? Praias de diversas tonalidades de azul, onde o turquesa predomina. Praias com águas cristalinas, onde é possível observar os pés mesmo quando esta dá pelo pescoço. Praias onde, ao mergulhar, o choque térmico quase não existe, porque os 25 graus médios da temperatura da água não o permitem.

Praias grandes, pequenas, urbanizadas (com muita gente) e selvagens (apenas com o som de uma ou outra ave por companhia). A imagem é tentadora, não é? Pois então já pode abrir os olhos e deliciar-se com as fotografias que se encontram nestas páginas. Aqui estão apenas cinco das 116 praias (a contar com as calas - uma espécie de baía resultante da erosão) que Menorca tem à sua espera. Dessas, 80 por cento são totalmente selvagens e algumas inacessíveis.

Distribuídas por toda a ilha, apresentam, por isso mesmo, características diferentes. Enquanto que na costa sul - onde se concentra a maioria das praias selvagens e são sobretudo as calas que marcam presença - a água é mais transparente e a areia mais clara, já no Norte torna-se mais difícil (mas não impossível) observar a tal pontinha do pé quando a água, aqui de tonalidades mais escuras, dá pelo pescoço. Seja como for, uma coisa é certa todas elas (distribuídas por 220 quilómetros de costa) são banháveis o ano inteiro, visto não estar estipulada época balnear. Embora seja frequente encontrar banhistas até em Dezembro, a época alta, essa, é de Junho a Setembro.

Por isso, se gosta de destinos paradisíacos (e quem não gosta?!), está na altura de fazer as malas e optar por um local para passar férias - ou já o próximo fim-de-semana prolongado - que, ao contrário de Palma de Maiorca ou Ibiza, está ainda por explorar e, por isso mesmo, proporciona momentos de tranquilidade absoluta.

O que não quer dizer que, de repente, não possa cruzar-se com alguns famosos que já elegeram a ilha mais oriental das Baleares para desfrutar os seus momentos de lazer. Há anos que a mãe de Elton John passa férias em Menorca. Richard Bronson (ex-proprietário da Virgin) e dois dos elementos dos Deep Purple seguiram-lhe as pisadas. Os encantos da pequena ilha conquistaram ainda a classe política, levando Aznar e Zapatero a escolherem este local para passar férias. Também Raúl (jogador do Real Madrid) já não dispensa refugiar-se na sua residência em Saint--Lluís (Sul), que se destaca da brancura da vila por ser da cor do tijolo (terá sido intencional?!).

Talvez não, dada a explicação do guia turístico Alberto Fernandez "Estas pessoas procuram a tranquilidade e o anonimato na ilha. E quase não damos por elas quando cá estão." Uma tranquilidade que se deve, em parte, à pequena dimensão de Menorca, mas sobretudo às regras de preservação do meio ambiente respeitadas por todos os menorquinos, que se orgulham "de viver num paraíso", com mais de 50 por cento de área protegida, onde não se pode construir.

Classificada como reserva da biosfera pela UNESCO em 1993, Menorca tem na vegetação, logo a seguir às praias, o seu segundo cartão de visita. "Menorca não é só azul, também é muito verde. Olhem à vossa volta." O alerta da guia turística Silvana Perla desperta-nos para um outro lado deste destino turístico, povoado de fauna e flora.

A prová-lo, estão as 450 espécies de aves (muitas delas marinhas) que dão "musicalidade" a uma ilha de clima quente e húmido, mas sempre, sempre cheia de luz. E se de dia é o sol que a ilumina, já à noite essa missão cabe aos cinco faróis que estão distribuídos pela costa e que são outra das atracções de uma Menorca ainda por descobrir.

Se aceitar o desafio e decidir explorar este miniparaíso situado mesmo aqui ao lado, fica um conselho prático dirija-se a uma das inúmeras sapatarias ou fábricas artesanais existentes em Maó (capital) ou em Ciutadella (segunda cidade mais importante) e adquira umas albarcas. Os seus pés vão agradecer o conforto que as típicas sandálias, de pele genuína e sola de borracha de pneu, lhe vão proporcionar ao caminhar pelos extensos areais.

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