Um país com o postigo aberto
Reabrir o país é importante para tudo e para todos. Mas a realidade, ainda pautada por fortes incertezas, recomenda cautelas. O governo quer assegurar que não há sinais equívocos que induzam a comportamentos de risco. O plano de desconfinamento, que conhecemos ontem, revela prudência e alguns traumas relacionados com o passado, sobretudo com a época natalícia. Dividir a reabertura do país em várias fases e ir analisando e medindo é determinante para controlar a situação. Mas, mais do que monitorizar, falta testar, testar, testar. Há um ano que andamos a ouvir este verbo, e sempre repetido por três vezes, mas não chegou. E falta vacinar, vacinar, vacinar. Ainda que a vacina não esteja para já em quantidade suficiente nas nossas mãos, já os testes estão disponíveis.
António Costa, com segurança, e desta vez com eficácia na comunicação, transmitiu aos portugueses as várias etapas que requerem responsabilidade nos comportamentos das famílias e das empresas, em geral, e confiança nos pequenos sinais da reabertura da economia. Hoje serão conhecidas as medidas de apoio aos agentes económicos, às entidades empregadoras e a outros setores, para que o plano de desconfinamento "a conta-gotas" - como disse o primeiro-ministro - possa ser suportado com menos dor.
Está de parabéns a investigadora galardoada com o Prémio Pessoa. A cientista inventou a eletrónica transparente e a eletrónica do papel, tem 56 anos e nasceu em Almada. É vice-reitora da Universidade Nova, diretora do Instituto de Nanomateriais, Nanofabricação e Nanomodelagem e do Cenimat. Nesta segunda-feira, em que se assinalou o Dia Internacional da Mulher, Elvira Fortunato foi uma das oradoras do debate promovido pelo DN, a propósito da igualdade de género, e destacou o papel resiliente das mulheres nas áreas da ciência e da tecnologia.