Um disco precursor e despudoradamente pop

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Corria o ano de 1988 quando os Ban iniciaram uma nova fase da sua carreira. "O jogo era sotisficar", anunciava o grupo logo na primeira faixa, Num Filme Sempre Pop. E era, de facto, uma pop sofisticada que se ouvia neste primeiro registo de longa duração, muito bem recebido pela crítica e pelo público. Os ecos da música de dança da época faziam-se sentir num conjunto de temas precursores onde se ouviam caixas de ritmo e eram usadas técnicas como o sampling, fruto da atenção da banda à emergente cena hip-hop. Algo natural para João Loureiro, que sempre se identificou "com as influências atlânticas que Portugal recebia". O cantor refere-se não só às ligações com a música negra e às influências anglo- -saxónicas que se ouvem ao longo deste disco, mas também à boa relação com o Brasil patente em canções como Um Espelho Ruiu. É este o álbum que agora é editado em CD, pela primeira vez em mais de 21 anos. E é também uma boa oportunidade para descobrir uma peça fundamental da nova pop portuguesa da década de 80.

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