A questão neste ano envolve alguns rebordos contextuais. A saber: o caso Netflix, que na competição teve dois filmes, The Meyerowitz Stories (New and Selected), de Noah Baumbach e o mal recebido Okja, coprodução com a Coreia do Sul e dirigido por Bong Joon Ho, e algumas produções indie que já tinham feito estreias mundiais em festivais americanos como Wind River, de Taylor Sheridan, e Patti Cake$, de Geremy Jasper. De um estúdio major de Hollywood, Frémaux e a sua equipa apenas apostaram em The Beguiled, de Sofia Coppola..De resto, um ano atípico para o cinema americano. Falta ainda ver Good Time, dos manos Safdie, feito com muitos poucos meios e cujo protagonista é o britânico Robert Pattinson. Quanto a You Were Never Really Here, de Lynne Ramsay, é uma produção europeia apenas com algum financiamento da Amazon, que, por sua vez, já tinha exibido em competição Wonderstruck, de Todd Haynes, outro dos títulos que sai abalado do festival..Aconteça o que acontecer, Patti Cake$, simpática comédia dramática com linguagem musical (e explícita), arrisca-se a ser o filme que melhor vai rentabilizar os holofotes de Cannes. Para já, a poderosa Fox vai apostar nele na América e no mundo inteiro. Pode estar aqui o novo Whiplash. Alguém tinha pedido um crowd pleaser?.Em Cannes