UE procupada com diferendo entre CAP e o Governo

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Ribeiro e Castro revelou ontem que a comissária europeia da Agricultura lhe disse que a Comissão "está muito preocupada com o que se passa com as medidas agro-ambientais de Portugal", razão do conflito que opõe o Governo e a Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP). Tal preocupação, acrescentou o líder do PP, é reforçada pela afirmação de Mariann Fischer Boell, ao reafirmar que se está perante "um dos sectores em que a política comunitária é obrigatória no quadro das políticas de desenvolvimento rural".

Para Ribeiro e Castro, "esta resposta é um alerta crítico à situação do País", porquanto, frisa, "não foram apresentadas novas candidaturas", ao mesmo tempo que se assiste a "este conflito lamentável relativamente ao pagamento das candidaturas de 2005/06".

Em declarações aos jornalistas no final da visita à Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, o líder do CDS acusou o Governo de "falta de sensibilidade para a política agrícola", responsabilizando-o pela "quebra de compromissos" e de "frustrar as legítimas expectativas dos que investiram a pensar nos apoios comunitários". O Governo, disse, "não pode desonrar compromissos que vinculam o Estado português".

Defendeu, ainda, a necessidade de se lutar por uma mudança de política nesta área e avisou o Governo de que "não vale a pena insistir numa política de conflito permanente", assim como "deve habituar-se a ouvir críticas, dado que não pode ter uma pele sensível nem comportar-se como uma flor de estufa".

Ao assumir que "a agricultura é um sector fundamental para o País", Ribeiro e Castro apelou ao fim do clima de conflito, uma vez que "não faz sentido alimentar cizânias nem pôr agricultores contra agricultores".

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