UE dificulta negociações de paz israelo-palestinianas
A União Europeia divulgou a 19 de julho as diretrizes que preveem que a partir de 2014 todos os acordos com Israel incidindo sobre uma ajuda da UE deverão especificar que não se aplicam aos territórios ocupados desde 1967 (Cisjordânia, Jerusalém oriental, Faixa de Gaza e Montes Golã).
"[Estas diretrizes europeias] minaram, de facto, a paz", na medida em que "endureceram as posições palestinianas", afirmou Netanyahu num encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Guido Westerwelle.
"Penso que elas entravam uma solução que só poderá ser alcançada através das negociações entre as partes e não por um 'diktat' exterior", insistiu, sublinhando que elas visam "um fim irrealista que não acontecerá, como toda a gente sabe".
Os palestinianos querem que o seu futuro Estado seja criado sobre as fronteiras de 1967, ou seja, incluindo Jerusalém oriental, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Após três anos de impasse e mais de seis décadas de um conflito histórico, as negociações israelo-palestinianas, que foram retomadas no final de julho em Washington, deverão prosseguir na quarta-feira em Jerusalém e depois em Jericó, na Cisjordânia.
Mas o Governo israelita anunciou no domingo uma proposta para a construção de um milhar de alojamentos nos colonatos, em prejuízo dos palestinianos que consideraram que tal medida demonstrava uma falta grave de Israel nas negociações.
O Estado hebraico aprovou, no entanto, a libertação de um primeiro grupo de 26 presos palestinianos antes da retomada das negociações prevista para quarta-feira.