Ucrânia pede a Conselho de Segurança que trave crise e defenda a sua integridade
Esta informação foi transmitida aos jornalistas pelo embaixador ucraniano na ONU, Yuriy Sergeyev, depois de transmitir a posição das autoridades de Kiev aos membros do Conselho de Segurança, em reunião à porta fechada, que continuou depois com um debate entre os membros do órgão da ONU.
Sergeyev disse ter solicitado ao órgão máximo de decisão da ONU "medidas para parar os perigosos acontecimentos que estão a colocar em perigo a paz internacional" e a "integridade territorial" da Ucrânia.
Os Estados Unidos pediram por seu lado, com caráter de urgência, uma missão de mediação internacional para a Crimeia, "com vista a baixar a tensão na região e facilitar o diálogo pacífico e produtivo entre todas as partes ucranianas, disse a
embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Samantha Power.
O embaixador ucraniano disse esperar que o Conselho de Segurança mostre apoio moral e político a Kiev, mas garantiu que as novas autoridades "podem deter o separatismo" que, acusou, está a ser fomentado pela Federação Russa na Crimeia.
Denunciou também "a passagem ilegal de fronteiras" por várias unidades militares russas, entre as quais vários aviões e 11 helicópteros de combate, e outros movimentos do Exército russo.
Sergeyev acrescentou que os aeroportos de Simferopol e Sebastopol, na Crimeia, foram bloqueados por forças russas e assegurou que o desenvolvimento dos acontecimentos é similar ao que se verificou nas regiões georgianas da Abkhazia e Ossétia do Sul, reconhecidas como independentes por Moscovo.
Depois de solicitar a saída de todas as forças russas que se encontram "ilegalmente" no país, o diplomata ucraniano assegurou que Kiev não vai procurar o "confronto", mas disse que o país "é suficientemente forte para se defender".