TVI marca 20 anos com reflexão sobre futuro do jornalismo
"Estamos comprometidos com as mudanças que estão a acontecer nos media", sublinhou o diretor de Informação da estação de Queluz, José Alberto Carvalho, que explicou esta manhã aos jornalistas algumas das várias iniciativas com que a TVI vai assinalar, ao longo de 2013, o seu vigésimo aniversário, numa sessão presidida pelo novo diretor-geral da estação, Luís Cunha Velho.
Juan Luis Cebrián, presidente executivo do grupo Prisa, dona da TVI, o ex-presidente Jorge Sampaio, os ministros Paulo Portas e Miguel Relvas ou Lois Beckett, repórter da Propublica.org estarão presentes na primeira conferência da TVI, que, em parceria com o ISCTE, irá nos próximos dias 19 e 20 de fevereiro procurar respostas para a questão: "Como vai ser o jornalismo nos próximos 20 anos".
Entre as várias iniciativas, a TVI vai ainda assinalar o dia 20 de fevereiro com uma emissão especial e uma gala no Centro Cultural de Belém, onde será feita uma homenagem aos programas que marcaram a história da estação nas últimas duas décadas.
Luís Cunha Velho, que liderou a programação da nova grelha da estação para 2013 escusou-se a dar pormenores sobre o orçamento que tem disponível para um ano que se adivinha de crise, mas admitiu que o setor está a atravessar "uma situação muito complicada".
Neste contexto, tanto o diretor-geral da TVI como o seu diretor saudaram o recuo do Governo na privatização da RTP, considerando Cunha Velho que "qualquer canal que surgisse ia afetar mais a situação que já se vive". "Com a queda do mercado da publicidade, seria muito difícil, se não penoso", acrescentou.
"Para instabilidade já chega o que temos. Qualquer nova instabilidade ia complicar ainda mais. A publicidade está a deixar de financiar as nossas atividades, está a recuar para valores de há duas décadas. Ainda bem que não houve essa variável adicional. As que existem já são absolutamente pavorosas", afirmou, por seu lado, José Alberto Carvalho.
O diretor de Informação fez ainda um balanço "altamente satisfatório" de um ano de TVI 24, sublinhando o aumento sustentado das audiências do canal de informação no cabo, o que prova, no entender de José Alberto Carvalho, que "a informação da TVI é relevante".
A TVI24 assinala, por outro lado, e no entender do mesmo responsável, o sucesso da estratégia de diversificação da estação de Queluz, que em 12 meses triplicou a sua oferta no cabo, com o lançamento do TVI Ficção no Meo e o TVI+, que chegou às casas dos assinantes da ZON na passada sexta-feira.
O TVI+ será lançado em Angola e em Moçambique pela ZAP, parceira da ZON nestes mercados, já no início de fevereiro, indicou à Lusa Luís Cunha Velho.