Um grupo de personalidades africanas e cidadãos da Guiné Equatorial pediu à UNESCO que cancele o Prémio Internacional Obiang para a Investigação em Ciências da Vida, patrocinado pelo Presidente deste país, um dos mais sanguinários ditadores africanos. Na carta, encabeçada por dois Prémios Nobel - o sul-africano Desmond Tutu (Paz) e o nigeriano Wole Soyinka (Literatura) -, 127 pessoas recordam que a UNESCO visa "o respeito pelos direitos humanos e a redução da pobreza", que, entendem, o Presidente da Guiné Equatorial e patrocinador do galardão, Teodoro Obinag Ngema, não cumpre. Graça Machel também assina o documento.."A continuação da existência deste prémio contradiz a missão da UNESCO e é um insulto para os africanos que trabalham para melhorar a realidade dos seus países", afirma-se no texto..A Guiné Equatorial é o país africano com maior Produto Interno Bruto por habitante, graças ao petróleo, mas onde, como reconhece até o Governo de Obiang, "mais de 75% da população é pobre".