O último balanço, divulgado na segunda-feira, dava conta de 56 mortos. No entanto, de acordo com um um novo relatório divulgado esta terça-feira pela televisão pública NHK, pelo menos 67 pessoas morreram e 15 continuam desaparecidas no Japão após a passagem do tufão Hagibis..Mais de 100 mil membros de equipas de socorro continuam as operações de busca e resgate nas áreas inundadas e afetadas por deslizamentos de terra, desencadeados pelas chuvas "sem precedentes" devido ao tufão Hagibis, disseram meteorologistas japoneses..A chuva intensa, que se deverá manter até ao fim do dia de hoje, representa uma nova ameaça para os habitantes, complicando a tarefa de soldados, bombeiros, polícia e guarda costeira.."As fortes chuvas elevaram o nível dos rios e enfraqueceram a terra em alguns lugares", alertou o porta-voz do Governo nipónico, Yoshihige Suga. "Pedimos aos moradores que se mantenham atentos", sublinhou..O Hagibis tocou terra no sábado pouco antes das 19:00 (13:00 em Lisboa) e, cerca de duas horas depois, chegou à capital japonesa com rajadas de vento até 200 quilómetros por hora, de acordo com a agência meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês)..As chuvas do Hagibis, o 19.º tufão da temporada no Pacífico, bateram o recorde durante o fim-de-semana em algumas regiões devido à força e extensão, afetando uma ampla zona durante horas. Em algumas regiões, durante um dia foi registada 40% da precipitação total de um ano..As chuvas provocaram o desabamento de vários diques situados junto de, pelo menos, 37 rios e algumas barragens foram abertas para despejar água como medida de emergência, o que, em alguns casos, piorou a situação, segundo o Ministério da Terra, Infraestruturas e Transporte do país..A província de Nagano, no noroeste de Tóquio, foi das mais afetadas pelo transbordo do rio Chikuma, que atravessa a região. Vários residentes foram resgatados por helicópteros e embarcações.