Trump reconheceu a soberania de Israel sobre os montes Golã
"Após 52 anos, é tempo de os EUA reconhecerem plenamente a soberania de Israel sobre os montes Golan, que são de uma importância estratégica e de segurança fundamentais para o Estado de Israel e a estabilidade regional!"
Foi com este tuite, publicado na passada sexta-feira, que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a sua intenção de reconhecer os Golã como parte de Israel.
Considerados estratégicos do ponto de vista militar, os Golã, que além de se situarem na fronteira da Síria com Israel, também têm fronteira com o Líbano e a Jordânia, são também muito importantes pelas reservas de água potável numa zona onde esta escasseia.
Vários países, incluindo a Rússia, a Turquia e o Egito, para além da Síria, reagiram ao tuite de Trump, lembrando que reconhecer a anexação contraria o Direito Internacional e a resolução da ONU. Também a União Europeia sublinhou não reconhecer a soberania de Israel naquele território. "A posição da UE não mudou", disse uma porta-voz da UE à Reuters. "A União Europeia, de acordo com o direito internacional, não reconhece a soberania de Israel sobre os territórios ocupados desde junho de 1967".
Também a França, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, certificou que a existir o reconhecimento pelos EUA violará o direito internacional. E uma porta-voz do governo alemão disse que os Montes Golã são territórios da Síria ocupados por Israel.
Trump assinou o decreto que assinala o reconhecimento da soberania de Israel sobre aquele território, ocupado em 1967 e 1981 (quando o país anexou mais uma parte da região), com Benjamim Netanyahu, o primeiro-ministro israelita, ao lado, no âmbito de uma visita deste aos EUA.
(notícia em atualização)