Tríptico de Francis Bacon vendido por 35 milhões de euros

Publicado a
Atualizado a

Tríptico 1974-1977, de Francis Bacon, foi vendido na quarta-feira por mais de 26 milhões de libras (quase 35 milhões de euros) mas não estabeleceu um novo recorde para uma pintura irlandesa ou britânica em leilão. A marca continua, assim, a pertencer ao mesmo Bacon, por Estudo do Inocente X, vendida no ano passado pela casa Christie's, em Nova Iorque, por apenas mais 215 mil euros.

A peça, a que mais atenções concentrou no leilão de arte do pós-guerra e contemporânea, foi assinada por Francis Bacon em resposta à morte de George Dyer em 1971, que se suicidou no quarto de hotel que os dois partilhavam em Paris (na véspera da última retrospectiva de Bacon na capital francesa).

O Tríptico 1974-77 é o último da série Trípticos Negros, inteiramente dedicados à memória e à morte de George Dyer. Primeiro com Agosto 1972, que actualmente integra a colecção da galeria Tate, em Londres, e que já inspirou criações como o bailado coreografado e interpretado por Katharina Maschenka Horn. Seguiu--se Maio-Junho 1973, descrito pelo próprio Bacon como "o momento em que estive mais perto de contar uma história com a pintura". A morte de George Dyer ocupou o papel de catalisador para Francis Bacon alimentar a sua obsessão que mantinha com o passar do tempo e o constante desaparecer de todos quantos o rodeavam.

Entre as vendas mais destacadas da Christie's conta-se também Zwei Liebespaare, de Gerhard Richter (quase dez milhões de euros), Concetto spaziale, Attesa, de Lucio Fontana (nove milhões) e Palm Springs Jump, com a assinatura de Jean-Michel Basquiat (que chegou aos 8,7 milhões de euros).

No final do mês, a 27, Francis Bacon voltará a ser protagonista em Londres, com Estudo de um Nu com uma Figura num Espelho em leilão na Sotheby's.|

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt