Triplo atropelamento de jovens em passadeira junto a escola

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Três amigas foram ontem atropeladas depois de saírem do McDonald's de Chaves onde festejaram o 15.º aniversário de uma delas. Filipa (a aniversariante), Jessica e Ana Isabel, ambas com 16 anos, alunas da Escola Secundária de Chaves, atravessavam uma passadeira para peões, numa recta junto à escola do Caneiro, em Chaves, cerca das 14.30 quando foram atropeladas por um automóvel. Filipa e Jessica tiveram apenas ferimentos ligeiros, enquanto Ana Isabel ficou ferida em estado grave. Transportada para o Hospital de Chaves, acabou por ser transferida de helicóptero para o Hospital de S. António, no Porto.

O atropelamento ocorreu numa das avenidas de maior movimento em Chaves e o trânsito ficou logo condicionado para que as jovens pudessem ser socorridas. Um cirurgião do Hospital de Chaves, que no momento passava pelo local, apercebeu--se da gravidade da situação e telefonou para a urgência precavendo o serviço para o estado em que Ana ia chegar. Foi este médico quem estabilizou a jovem e acompanhou o seu transporte no INEM até ao hospital.

Das vítimas do triplo atropelamento só Ana Isabel tinha diagnóstico reservado, pois as suas amigas tiveram apenas ferimentos ligeiros. Filipa foi atingida numa mão e Jessica sofreu um traumatismo num pé.

O estado de Ana, apurou o DN, é preocupante e reservado, com uma fractura no fémur da perna esquerda, um golpe profundo na cabeça e um traumatismo crânioencefálico. Acabou por ser transferida de helicóptero para a unidade de neurocirurgia do hospital de Santo António no Porto.

O condutor da viatura é um homem de 34 anos, comerciante em Chaves, que seguia no carro acompanhado pela mulher. Ficou em estado de choque e, depois da se ter submetido ao teste de alcoolemia e de despiste de drogas, que nada acusaram, alegou ter ficado encandeado com o Sol. Segundo contou às autoridades, tudo aconteceu quando se preparava para baixar a pala do carro, para o proteger do Sol. Garante não ter visto as jovens e apenas se apercebeu quando sentiu o embate.

Joaquim Rodrigues Oliveira, pai de Ana Isabel, desesperava à porta do serviço de urgências do hospital. Não queria acreditar no que tinha acontecido à sua filha e com as mãos na cabeça e as lágrimas a correrem-lhe pelo rosto, pedia por tudo que a filha se salvasse. "Só espero que a minha menina fique bem e que possa voltar para os meus braços," disse Joaquim Oliveira. O pai não se conforma com o acidente. "Não consigo perceber como é que alguém numa recta daquelas não vê três crianças na passadeira. O condutor até pode não ter bebido, mas quem atropela inocentes numa passadeira não pode ficar assim à solta. A polícia tem que o prender", disse ao DN Joaquim Oliveira.

A ocorrência foi registada pela PSP de Chaves e segue agora para inquérito.|

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