Três restaurantes no Campo Pequeno

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Esta noite, como em todas as noites de quinta-feira durante a temporada, vai haver enchente na Praça de Toiros do Campo Pequeno. Mas não apenas nas bancadas da praça, que deverão estar cheias de aficcionados que vão ver a corrida que assinala o centenário do Sporting, mas também em três restaurantes que ali se instalaram quando a praça reabriu, renovada, em Junho.

O Vino Tinto é um franchising espanhol, especializado em carnes de vaca na brasa, com tapas e vinho a copo, não poderia estar mais de acordo com o ambiente. A Cervejaria Trindade, com os seus bifes e mariscos, abriu ali, pela primeira vez na sua longa história, uma filial, e também não destoa. Mas parece que gostar de touradas não é incompatível com seguir as últimas tendências e os sushis do Japa também são consumidos vorazmente em noite de toiros.

Porém, não se pense que os três restaurantes obrigam à frequência da praça. De modo nenhum. Aliás, o projecto de renovação teve a inteligência de criar acessos directos a partir do jardim, portanto nem sequer é preciso transpor as portas do "monumento taurino". O que traz a grande vantagem de os três espaços, e outros que lhes são vizinhos, não terem "ar de centro comercial", sendo iluminados pelo sol e pela lua através das famosas janelas em arco.

O primeiro Vino Tinto (tel. 210 191 191) surgiu em Valladolid em 1999. O segundo foi logo em Portugal, no cais de Vila Nova de Gaia, local onde dois ex-quadros da Jerónimo Martins, João Stoffel Magalhães e Luís Morais Pereira, se "cruzaram" com o conceito e decidiram trazê-lo para Lisboa. Há outros Vinos Tintos em Viana do Castelo, Madrid, Barcelona e Palma de Maiorca. Nenhum em centros comerciais, como frisou Luís Morais Pereira ao DN.

"As carnes vêm de Espanha, salvo o chuletón de buey [850 g de costeleta de vaca, 29 euros, para duas pessoas de bom apetite], que vem da Holanda e tem sido um grande êxito", diz o mesmo responsável, que viveu na zona do Saldanha durante 30 anos e sabia da necessidade de boas opções para quem vive e trabalha nesta zona da cidade. Nos vinhos, 30 marcas portuguesas e 30 espanholas, sobretudo de Castela e Leão (Ribeira del Duero, Toro, Rueda, Cigales), todas guardadas a boa temperatura.

No Japa (tel. 217 820 550), quem fala é Filipe Pimenta da Gama, um dos sócios da casa, juntamente com mais um português e dois ingleses, que tem o japonês-brasileiro Flávio Fujita a dirigir a cozinha, quer num andar superior com balcão e mesas quer no de baixo, onde há uma kaiten (esteira rolante) que vai apresentando pratinhos de sushi e sashimi.

"Temos muita variedade, inclusive pratos pouco comuns de ver noutros japoneses e estamos muito satisfeitos com a localização, com uma afluência enorme ao almoço e ao jantar, sobretudo de quarta-feira a sábado", conta o sócio do Japa.

Na Trindade (tel. 217 964 000), a chefe de sala Sara Palhota destaca que, tal como na original, bifes e mariscos são o que sai mais, assim como pregos, croquetes e pratos do dia (a cerca de cinco euros). E também têm a cozinha aberta das 12.00 à 01.30.

As três casas abrem todos os dias.

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