Três documentários à terça-feira para dar a volta ao mundo
Há dois anos, o realizador norte-americano foi "apanhado" a filmar na manifestação do 1º de maio em Lisboa. Foi a primeira vez que esteve em Portugal e aproveitou para ouvir fado, falar com os líderes sindicalistas, provar alguns petiscos e elogiar a legislação tolerante em relação às drogas leves. Essa experiência aparece no seu filme E agora invadimos o quê?, que se estreou nos cinemas nacionais em junho do ano passado e que este mês chega ao canal TV Cine 2.
O filme de Michael Moore é exibido no dia 25 de abril, às 22.00, na rubrica "Documentários à volta do mundo" que vai ocupar o espaço habitualmente dedicado ao documentário, às terças-feiras naquele canal do pacote TVCine.
Neste E agora invadimos o quê? o realizador apresenta-se como o salvador da América e propõe-se invadir vários países para poder "conquistar" estilos de vida e leis que possam ajudar os Estados Unidos a tornarem-se um sítio melhor. Por exemplo, as férias pagas de Itália, a alimentação saudável escolar de França, a inexistência de trabalhos de casa para os alunos da Finlândia, a educação universitária gratuita da Eslovénia, o plano sustentável de carreira da Alemanha, as políticas contra toxicodependência e abolição da pena de morte de Portugal, o sistema prisional mais humano da Noruega e os direitos das mulheres da Tunísia.
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O filme - como é habitual no realizador de Bowling for Columbine (2002), Fahrenheit 9/11 (2004) ou Capitalismo - Uma história de amor (2009) - tem uma agenda política muito explícita e que fica clara desde o início para os espectadores. De qualquer forma, e até mesmo por esse motivo, é um documento interessante para percebermos como é que os americanos (pelo menos os americanos como Moore) olham para o resto do mundo e como é imperfeito o american way of life.
Das pistas para o gelo
Já na próxima terça-feira, a rubrica "Documentários à volta do mundo" mostra Eu sou Bolt, filme de Benjamim e Gabe Turner sobre o recordista mundial dos 100 e 200 metros e vencedor de oito medalhas olímpicas, o jamaicano Usain Bolt. Será uma estreia, uma vez que o filme estreou apenas em alguns países e não chegou às salas de cinema em Portugal.
"A maioria das pessoas pensa "para o Usain é fácil", "o Usain não tem stress", mas não é assim", comentou o atleta numa conferência de imprensa quando o filme foi apresentado em Londres, no ano passado. "Eu queria que as pessoas vissem o que eu passei para chegar onde cheguei."
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O documentário, que inclui filmagens do Campeonato Mundial de Pequim e das olimpíadas de Londres e do Rio de Janeiro, também mostra a juventude de Bolt, um miúdo que gostava de correr e que acabou por fazer disso a sua profissão, e tem entrevistas com a família, amigos e o técnico, Glen Mills. O atleta de 30 anos anunciou então que planeia reformar-se da alta competição após o Mundial em Londres, em agosto, e depois de correr pela última vez no seu país já em junho, na Racers Grand Prix.
Da quente Jamaica para o gelo do Ártico, na terça-feira seguinte, dia 18, o TVCine exibe mais um documentário: Aventura no Ártico (2007). Dos mesmos autores do popular A Marcha dos Pinguins (2005), Adam Ravetch e Sarah Robertson, com produção da National Geographic Sociey e com narração de Queen Latifah, este é um documentário que também não chegou às salas de cinema portuguesas.
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