Tratamento inédito à próstata desperta interesse
A técnica consiste na embolização das artérias da próstata, ou seja, sob anestesia local, introduz-se através de um orifício na virilha um cateter que é dirigido para as artérias prostáticas, monitorizado por um aparelho de raios x digital, e através desses cateteres são introduzidas pequenas partículas de plástico que vão entupir e cortar parte da circulação da próstata. "Isso conduz a uma redução das dimensões da próstata, com eliminação ou melhoria dos sintomas na maioria dos doentes", explicou o radiologista.
João Pisco destaca as vantagens em relação a outros métodos: Não há perda de sangue, não são necessárias transfusões, o doente leva anestesia local, fica em regime de ambulatório, vai para casa no mesmo dia, deixa de tomar os medicamentos e passa a fazer uma vida normal sem qualquer terapêutica.
Segundo João Pisco, chefe da equipa de radiologia de intervenção do Hospital de Saint Louis, as terapêuticas mais frequentes são os medicamentos, nem sempre eficazes e com consequências como a disfunção eréctil, ou a cirurgia, muitas vezes com "complicações muito graves".
A hiperplasia benigna é a doença mais frequente da próstata, muito comum nos homens a partir da meia-idade e que consiste num aumento do volume daquela glândula, obstruindo as vias urinárias e tornando difícil o ato de urinar.