Transporte de mercadorias em queda desde 2008

O transporte de mercadorias em Portugal registou quebras em 2008 e 2009, depois três anos de crescimento, indicam dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
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"O ano de 2008 marcou a inversão na dinâmica de crescimento [no transporte de mercadorias em Portugal] verificada desde 2005", refere o INE.

Em 2008, o modo rodoviário registou a maior quebra (10,4 por cento) no total de mercadorias transportadas, seguindo-se os modos marítimo (2,3 por cento) e ferroviário (1,2 por cento).

No ano passado, a tendência de quebra manteve-se, com o modo ferroviário a recuar 14,3 por cento, o rodoviário 10,9 por cento e o aéreo 10,2 por cento.

Entre 2005 e 2009, em termos médios anuais, o modo rodoviário apresentou uma taxa de variação de menos 6,1 por cento no total de mercadorias transportadas e o modo marítimo de menos 1,2 por cento.

No que respeita à quotas do transporte de mercadorias dos diferentes modos, o INE afirma que se tem verificado uma "relativa estabilidade".

Assim, entre 2005 e 2009, "o modo rodoviário perdeu 3,2 pontos percentuais no peso relativo do total de mercadorias transportadas, enquanto que o modo marítimo cresceu 2,8 pontos percentuais e o modo ferroviário aumentou 0,4 pontos percentuais".

No ano passado, os modos rodoviário e ferroviário foram aqueles onde o total de mercadorias carregadas em tráfego nacional registou o maior peso relativo: 91,6 por cento e 91,7 por cento, respectivamente

Já os modos marítimo e aéreo, que representaram cerca de 19 por cento do total de mercadorias movimentadas em 2009, apresentaram uma predominância de movimentos de mercadorias em tráfego internacional.

Nos cinco anos em análise, os modos ferroviário e marítimo apresentaram um crescimento na importância relativa do tráfego nacional (0,9 pontos percentuais e 0,4 pontos percentuais, respectivamente), enquanto os modos rodoviário e aéreo registaram decréscimos.

Em 2009, a região Centro constituiu a origem de 33,2 por cento do total das mercadorias carregadas no modo rodoviário (28,4 por cento no modo ferroviário e 8,5 por cento no modo marítimo).

A região de Lisboa, por seu turno, assumiu uma posição dominante na origem das mercadorias carregadas nos modos marítimo e aéreo, com pesos de 33,3 por cento e mais de 70 por cento, respectivamente, e o Alentejo representou 41,3 por cento do total de mercadorias carregadas no modo ferroviário.

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