Trânsito restabelecido no IC2 24 horas após acidente

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Trabalhos para retirar destroços e desmontar ponte atrasaram obras

A circulação automóvel no IC2, na periferia sul de Coimbra, junto à zona de Carvalhais, foi restabelecida ontem por volta das 17.30, quase 24 horas depois do acidente ali ocorrido em que o braço de uma retroescavadora, transportada por um camião, provocou a queda parcial de uma passagem pedonal aérea.

A queda de duas placas da travessia pedonal, além de obrigar à interrupção do trânsito na via - um dos principais acessos à cidade de Coimbra -, fez ainda um ferido ligeiro, a condutora de um veículo que ali circulava na altura. A existência de barras de aço de protecção do habitáculo do automóvel explica, segundo os bombeiros, o facto da condutora não ter sofrido ferimentos graves, que poderiam ter sido "fatais", embora a viatura tenha ficado "muito danificada".

O embate da retroescavadora (que os seus transportadores se terão esquecido de recolher) na ponte pedonal obrigou ainda à retirada total da travessia aérea, cujos danos nas estruturas de suporte são muito maiores do que os inicialmente admitidos.

A PSP previa, aliás, que ainda durante a noite de segunda para terça-feira o tráfego pudesse ser restabelecido, o que não se verificou, pois, para além de ser necessário retirar os destroços da estrada, impôs-se desmontar a ponte pedonal. Uma tarefa que implicou o corte, no local, de duas vigas, já que o seu comprimento não permitia retirá-las dali.

Mais alta que a ponte

"O acidente ocorreu devido ao transporte de uma rectro-escavadora sobre um camião que não respeitou os limites de altura definidos no Código da Estrada [quatro metros]", explica a EP (Estradas de Portugal). Mesmo assim, segundo apurou o DN junto de técnicos da EP, a ponte possuía, na zona mais baixa cinco metros e dez centímetros de altura, ou seja mais de um metro do que o mínimo exigido por lei. O embate na "passagem superior de peões ocasionou o colapso de parte do tabuleiro da estrutura, assim como danos na obra de arte", adianta ainda a EP, cujo director distrital de Coimbra, José Gomes, não sabe quando poderá vir a ser recolocada a travessia pedonal.

Durante os trabalhos de remoção dos destroços da ponte, que levaram à mobilização de vários meios técnicos e humanos da EP e de forças policiais, o trânsito foi desviado pela A1, entre Coimbra e Condeixa e por Antanhol e Cruz de Morouços.

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