Traineira portuguesa foi apresada há três semanas em França - Armador
O armador António Cunha, de Vila Praia de Âncora, no concelho de Caminha, distrito do Porto, confirmou a propriedade da traineira apresada, adiantando apenas que "o barco está retido há três semanas".
O proprietário da empresa Baleeira Pescas, Lda, recusou-se a prestar mais esclarecimentos sobre o caso.
Contactado pela Lusa, o comandante do porto de Caminha, Pedro Miguel Cervans Costa adiantou que o pesqueiro "Vila do Infante" está registado em Sagres e que o mesmo armador tem outras duas embarcações.
As autoridades francesas apresaram uma traineira com pavilhão português, no porto de Lorient, pela pesca de 30 toneladas de atum rabilho e tubarão-sardo, disseram à AFP fontes oficiais.
"Detetámos 30 toneladas de atum rabilho e também tubarão sardo, cuja pesca está proibida", disse à France Presse Kristell Siret-Jolive da Direção do Departamento dos Territórios e do Mar (DDTM, em francês), de Morbihan.
Segundo a AFP, o pesqueiro "Vila do Infante", de 25 metros, proveniente do porto de Sagres, encontrava-se há uma semana a 100 milhas náuticas (cerca de 200 quilómetros) ao largo de Lorient, na Zona Económica Exclusiva de França, na costa atlântica.
"Devido à gravidade das infrações, o navio ficou no porto de Lorient. O navio foi apresado e o pescado apreendido", refere um comunicado do DDTM acrescentando que a multa pelas infrações pode atingir os 22.500 euros.
Em comunicado, o Comité Regional de Pescas Marítimas da Bretanha (CRPMEM) anunciou que pretende processar judicialmente o proprietário da embarcação com pavilhão português.
"Estes procedimentos são totalmente contrários às regras da pesca responsável praticadas pelos pescadores profissionais da Bretanha", sublinha o CRPMEM.