Trabalhadores do SBSI/SAMS recebidos na residência oficial do primeiro-ministro
Em causa estão os trabalhadores ao serviço do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), entidade patronal que também gere os Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS) do Sul e Ilhas, que pedem ao Governo que intervenha de modo a que o SBSI retome as negociações das convenções coletivas.
No primeiro dia de concentrações junto à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, integradas na semana de luta, uma delegação de sindicatos e da comissão de trabalhadores foi hoje recebida pelo assessor económico do chefe do Governo.
"Nesta reunião, o referido assessor assumiu o compromisso de contactar o Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, no sentido de promover o agendamento da audiência solicitada pelos representantes dos trabalhadores do SBSI e dos SAMS", avançam em comunicado.
Os representantes dos trabalhadores do SBSI e do SAMS contestam os "sucessivos e unilaterais encerramentos dos processos de negociações por parte da entidade patronal, a direção do SBSI", lembrando que o pedido de audiência foi enviado ao Ministério do Trabalho em 29 de outubro e reiterado em 27 de novembro de 2018.
"A direção do SBSI presidida pelo Dr. Rui Riso, vice-presidente da UGT, deputado do Partido Socialista - e que tem integrado a Comissão do Trabalho, da Assembleia da República -- continua sem responder aos pedidos de reunião dos sindicatos para negociar, o último dos quais enviado em 14 de fevereiro de 2019", lê-se no comunicado.
Apesar de considerarem "positiva" a reunião com o assessor do primeiro-ministro, os sindicatos e a comissão de trabalhadores vão manter a semana de luta, que decorre de 25 a 29 de março e inclui greve, concentrações, conferências de imprensa diárias e distribuição de folhetos aos utentes dos SAMS e à população.
Os representantes dos trabalhadores acusam os dirigentes do SBSI de "fingirem negociar", tendo como único objetivo "anular as convenções coletivas dos cerca de 1.400 trabalhadores ao seu serviço e exercerem uma vergonhosa pressão sobre o Ministério do Trabalho, para as fazer caducar".