Total de ativos em Portugal sobe para 92.487,5 ME no quarto trimestre de 2017
De acordo com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o valor registado entre outubro e dezembro de 2017 também é superior em 303,3 milhões ao verificado no trimestre anterior.
A CMVM indica, em comunicado, que o montante referente à gestão individual de ativos "aumentou 0,4% face a setembro, para 63.463,4 milhões de euros, e subiu 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado".
Nestes ativos encontravam-se, essencialmente, os valores mobiliários cotados e as unidades de participação, representando 86,7% das aplicações, refere.
"O segmento de ações nacionais cresceu 2,6% face ao trimestre anterior e caiu 3,2% em relação ao quarto trimestre de 2016, para um total de 1.046 milhões de euros", informa a CMVM, referindo que "as ações em carteira emitidas por entidades não residentes ascendiam a 2.304,6 milhões de euros no final de dezembro, valor praticamente inalterado face a setembro e inferior em 3,6% ao do período homólogo".
Por seu lado, as aplicações em dívida pública nacional desceram 1% em relação ao final de setembro, para 18.555,9 milhões de euros, enquanto os montantes aplicados em dívida pública estrangeira subiram 16,7% face ao trimestre anterior e 37,5% em relação ao período homólogo, de acordo com a mesma informação.
No último trimestre de 2017, as aplicações em obrigações emitidas por entidades nacionais valiam 1.461,2 milhões de euros, enquanto as emitidas por entidades não residentes equivaliam a 11.949,6 milhões de euros.
O principal destino destes investimentos foi Portugal (33,2% do total), seguido de Itália e da Alemanha.
Quanto às entidades com mais ativos sob gestão, a CMVM destaca a Caixagest, que no final do ano passado tinha uma quota de 34,4%, correspondente a 21.814,4 milhões de euros, bem como a F&C Portugal (23,2%) com 14.728,7 milhões de euros, e a BPI Gestão de Activos (11,1%) com 7.039,2 milhões de euros.
Na gestão coletiva de carteiras, o montante total gerido pelos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários e por fundos de investimento -- alternativo, imobiliário, património imobiliário e da titularização de créditos -- ascendeu a 29.024 milhões de euros no quarto trimestre.
Este valor representa um acréscimo de 0,2% face ao trimestre anterior e de 2,7% relativamente ao período homólogo.
No que toca aos principais destinos de investimento em valores mobiliários no exterior, a CMVM aponta o Luxemburgo (que captou 17,6% do total aplicado), a Alemanha (14,4%) e o Reino Unido (13,9%).
"Portugal captou 10,9%, tendo 43,5% do valor das aplicações sido efetuado em dívida pública, 28,3% em ações e 26,5% em dívida privada", precisa aquela entidade.
Cerca de um terço (32%) destes ativos eram geridos, no último trimestre de 2017, pela Caixagest, enquanto os restantes estavam sob responsabilidade da BPI Gestão de Activos (25,2%) e da IM Gestão de Activos (18,3%).
Já o montante total dos investimentos coletivos em valores mobiliários comercializados por entidades registadas na CMVM atingiu 4.109,1 milhões de euros no quarto trimestre, mais 10,7% do que nos três meses anteriores e mais 38,2% do que no período homólogo.
Nesta data, o Deutsche Bank tinha a quota de mercado mais elevada (32,2%), seguido do Bankinter (16,6%) e do Banco Best (15,9%), adianta a CMVM.